Alexandre Murucci | Centro Cultural Correios SP

A FLORESTA AZUL

as complexidades da relação entre a natureza, a cultura e a política por meio da lente artística de Alexandre Murucci.

 

Alexandre Murucci exibe A FLORESTA AZUL, no Centro Cultural dos Correios SP, sob curadoria de Victor Gorgulho, onde reúne uma série de novos trabalhos que abordam questões fundamentais relacionadas ao patrimônio natural do Brasil, a importância dos povos originários, as ameaças enfrentadas pela Floresta Amazônica e o panorama sociopolítico que afeta o futuro do planeta. Através de uma abordagem conceitual, o público será convidado a refletir sobre a vida que flui na floresta, conferindo-lhe a tonalidade azul.

O questionamento central da exposição é expresso pelo próprio artista: “De que cor é uma floresta?” O título oferece uma resposta implícita a essa indagação, insinuando que a floresta é azul, em virtude da vitalidade que exala para o ambiente. Murucci adentra o âmago da discussão sobre a Floresta Amazônica, utilizando diversos meios artísticos para examinar as complexidades da região e sua relação com a realidade geopolítica contemporânea.

Através de diferentes mídias e suportes, o artista aborda uma das questões mais urgentes da atualidade brasileira e do mundo contemporâneo: a preservação da Amazonia. Seja por meio de uma abordagem crítica e incisiva sobre o passado de descaso e projetos fracassados que marcaram a história da maior floresta tropical do mundo, ou através de um olhar poético que oferece uma visão panorâmica do passado e do presente da região e do Brasil, convida o público a embarcar em um percurso labiríntico que abrange os aspectos sociais, políticos e culturais desse território que se destaca pelo descaso e, ao mesmo tempo, pelo fascínio que desperta em todos os seres que compartilham este planeta, a nossa Terra. A Floresta Azul, representa a vida que flui no ar em forma líquida e vital, conferindo à floresta uma tonalidade azul, em contraste com as cores convencionais associadas a esse ecossistema.

Com um enfoque conceitual marcante, Alexandre Murucci exibe trabalhos em diversos suportes, incluindo uma instalação que dará nome à exposição, intitulada “labirintos espaciais“. Essa imensa e delicada composição é construída a partir de bastidores de madeira e telas de seda sintética, criando uma paisagem flutuante inserida em uma fatura concretista.

“Ora lançando mão de um olhar crítico e mordaz diante do passado historicamente conhecido de descaso e sucessivos projetos fadados ao fracasso na maior floresta tropical do mundo; ora nos apresentando um panorama do ontem-hoje da Amazônia e do Brasil através de um singular olhar poético, o artista convida o espectador a um percurso labiríntico — literal e metafórico — por entre os meandros da história social, política e cultural de um território a um só tempo fruto do descaso e do fascínio infindo dos olhos (e dos pulmões) de todos os seres que habitam este planeta que ainda chamamos de…Terra”, discorre Victor Gorgulho.

“ De que cor é uma floresta? Verde como deveria? Amarela e seca? Vermelha como quando arde em chamas? Negra, após suas mortes? Para o artista ela é azul, pela vida que transpira pelo ar. Vida em forma líquida e vital!”  Alexandre Murucci

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