Verão 50 Graus | Galeria Zagut

A Zagut traz à tona a preocupação mundial, o calor que pode destruir a humanidade, através dos olhares de 215 artistas convidados para a mostra Verão 50 graus, uma instalação coletiva de obras com técnicas variadas como pintura, escultura, fotografia, desenhos, gravuras, objetos e técnica mista, a partir do dia 10 de janeiro/2020.

“A ampliação do espaço expositivo, como forma de democratização ao posicionamento de artistas com trajetórias e pesquisas as mais diversas, que se indagam, nos trazem suas reflexões e perplexidades quanto ao aquecimento global, através das quais podem nos transformar. Um verão reflexivo e de muito calor humano para você!”, falam Isabela Simões e Augusto Herkenhoff, criadores e produtores da exposição.

O verão carioca é quente, quentíssimo! Além disso, o Relatório do Clima da Organização das Nações Unidas de 2019 é claro: houve aumento de 1,5°C no planeta nos últimos 150 anos. Quanto mais no que acontece na cidade, que recebe muita gente nessa época de férias, o que alegra ainda mais seu jeito leve carioca de ser. Não faltam encontros, modas, novidades nas mais diversas áreas. A cidade ferve.

Artistas brasileiros e internacionais de todos os cantos do mundo estão na coletiva, tal como Roberto Tavares, Robson Oliveira, Demerir Martins, Vicente Duque Estrada, Jorge Barata, Paula Erber, Miguel Paiva, Isis Braga, Denize Torbes, Clara Cavendish, Bel Magalhães, entre outros. “Nada mais temático do que reunir artistas plásticos para se inspirarem nessa alta temperatura numa exposição. A elevação da temperatura do mundo preocupa”, explicam.

Recentemente, uma chamada de reportagem dizia: “Desmatamento no Brasil pode aumentar temperatura da terra em 1,45 graus Celsius”. Este fato está previsto para 2050, caso a taxa de desmatamento ilegal continue de vento em popa (O Globo e Estadão, março de 2019).

Foi criado um modelo para avaliar qual o impacto da mudança na floresta, com relação à reflexão solar e a evotranspiração (perda de água do solo por evaporação, associada à perda das plantas por transpiração). O cálculo leva em consideração medidas de uma década – de 2000 a 2010 – com aumento de 0,38° C na média, de 1,08° C em áreas que perderam 50% de sua vegetação e de até mais de 5° C em regiões com perda de 100%, ao se considerar apenas a temperatura diurna. Segundo o estudo, o reflorestamento pode ser um importante fator para melhorar essa perspectiva.

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