Augusto Leal | Centro Cultural São Paulo

 

O artista baiano Augusto Leal apresenta a mostra Ocupação CCSF – Centro Cultural Simões Filho, a partir do dia 15 de junho, no CCSP – Centro Cultural São Paulo. Com curadoria de Victor Hugo de Souza (Guto Ezek), a exposição ocupa diversos lugares da instituição, entre eles o Jardim Suspenso (Lateral Vergueiro e 23 de maio), Piso Flávio de Carvalho (Lateral Vergueiro e 23 de maio), Jardim Luiz Telles e áreas comuns de circulação.

A exposição é orientada a partir de uma reunião emblemática e estratégica da produção do artista e se propõe a evidenciar o caráter multifacetado e transversal das formulações de Leal, nascido em Simões Filho/BA – com obras que datam de 2009 a 2024 – instaladas por diversas áreas. Conhecido por usar a cidade como propulsor de seu trabalho, o artista utiliza, principalmente o espaço público como palco para tensionar e gerar reflexão sobre o meio ao qual está inserido.

“É a partir da dimensão física e simbólica da rua e do espaço público que o trabalho de Augusto Leal é acionado. A geografia de seu pensamento artístico é topografada como um exercício de interferência em localidades onde existem conflitos-temas de suas investigações artísticas, sendo a cidade de Simões Filho o lócus privilegiado de suas discussões. Suas produções estéticas são, de várias maneiras, o resultado da convergência de enfrentamentos discursivos, estéticos, políticos e simbólicos”, afirma Guto Ezek, curador da mostra e curador-assistente do Núcleo de Artes Visuais do Centro Cultural São Paulo. 

A mostra traz obras de grande escala, onde Leal convida o público para questionar o próprio repertório visual, com obras como: Gangorra e Encontros, onde a participação do público é imprescindível para fazer girar o poder e demarcar nossas presenças acumuladas nos espaços, Bibliocicleta que migra a cultura livresca e radicaliza a experiência de distribuição de livros, Sinalização Profética que presentifica lacunas e ausências como orientações para esse múltiplo trânsito institucional que necessita de movimentos, alternâncias e errâncias, e Faixa, que ensaia uma manifestação crucial e efêmera da marcação de uma ideia e/ou reivindicação em um lugar.

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