Jaider Esbell é encontrado morto em São Paulo

Na tarde de terça-feira, 2 de novembro, o artista plástico macuxi Jaider Esbell, de 41 anos, foi encontrado morto em uma pousada em Juquehy, litoral norte de São Paulo, onde estava a trabalho e com amigos. Nascido na região hoje demarcada como a Terra Indígena Raposa Serra do Sol, Esbell estava entre as principais figuras do movimento de consolidação da arte indígena contemporânea no Brasil, desempenhando as funções de artista, curador, escritor, educador e ativista.

VEJA AQUI carta emocionante dos curadores da Bienal e carta do artista, escrita em 2013, sobre o dia da sua partida.

Um dos principais expoentes artísticos dos últimos anos, segundo relato de amigos, Jaider vivia o melhor momento de sua carreira. Atualmente, seu trabalho pode ser visto na exposição Moquém_Surarî: arte indígena contemporânea, no Museu de Arte Moderna de São Paulo. A mostra que fica disponível ao público até o final do mês de novembro, reúne pinturas, esculturas, e obras referentes a diversos povos indígenas. A exposição foi promovida pelo MAM e a Fundação Bienal de São Paulo. Sua obra também é um dos principais destaques da 34ª Bienal de São Paulo,  com a série de telas ‘A Guerra dos Kanaimés’ e o livro ‘Carta Ao Velho Mundo’. Recentemente, o artista, que é representado pela Galeria Millan, passou a compor a coleção do Centre Georges Pompidou, em Paris, que adquiriu os trabalhos Carta ao Velho Mundo (2018-2019) e Na Terra Sem Males (2021).

A morte do artista foi confirmada por seu curador, André Millan, que preferiu não dar mais detalhes sobre o assunto. A causa da morte ainda não foi oficialmente divulgada, mas segundo o site Folha de São Paulo, amigos apontam ter sido suicídio.

Capa da Dasartes 105, Jaider Esbell comentou sobre sua produção e o conceito de artivismo. LEIA AQUI