Ivan Serpa (1923-1973) foi um artista plástico brasileiro, um dos grandes nomes do modernismo, o primeiro movimento artístico que buscou uma identidade nacional, ao invés de copiar tendências europeias.
Sem título, 1965.
Desde pequeno, Serpa recebeu uma sofisticada formação cultural, graças à proximidade com sua tia, uma atriz francesa. Aos 23 anos, começa a estudar pintura, gravura e desenho e aos 26 já era professor no MAM Rio de Janeiro.
Formas, 1951.
Nos anos 1950, começa e se aprofundar no concretismo, movimento que propunha regras rígidas para a criação da arte abstrata. A partir daí, sua produção foca na geometria.
Sem título, 1959.
Em 1954, funda o grupo Frente com outros artistas interessados no tema, incluindo Lygia Pape, Palatnik e Helio Oiticica. Suas obras ganham repercussão.
Grupo Frente
Suas obras desta época são estudos em cor e forma, tendo o elemento gráfico como centro, em uma busca por simplicidade e clareza.
Sem título, 1957.
Em 1957, ganha o prêmio-viagem do Salão Nacional e passa dois anos na Europa. Lá, trava contato com grandes mestres da pintura e, em seu retorno ao Brasil, passa a se dedicar a aprimorar sua técnica. Suas obras então se afastam da geometria, como a série Crespusculares.
Fase Negra (Crepusculares), 1964.
Nos anos 1960, trabalha como restaurador de livros na Biblioteca Nacional. Se encanta com os processos e passa a incorporá-los a sua obra, fazendo colagens e desenhando sobre cartões postais.
Sem título, 1960. Fotos: Jaime Acioli.
Sem título, 1962. Série Anóbios.
CURADOR MARCUS LONTRA
O beijo, 1966.
Ao longo de sua vida, Serpa transitou livremente entre a pintura figurativa e a abstração, sempre se mantendo fiel aos seus interesses.