Visita guiada Rafael Baron | Anita Schwartz Galeria de Arte

Anita Schwartz Galeria de Arte convida, no dia 26 de setembro de 2024, às 11h, para a visita guiada à exposição “Meu lugar”, com o artista Rafael Baron e o curador Jean Carlos Azuos.

A exposição “Meu lugar”, com 19 pinturas recentes e inéditas de Rafael Baron (1986, Nova Iguaçu), que ocupamos dois andares expositivos do espaço de arte na Gávea. A curadoria é de Jean Carlos Azuos, curador assistente do MAR. A exposição, a primeira do artista na Anita Schwartz, apresenta sua nova pesquisa, com a inserção da paisagem em seu trabalho. “Tem a paisagem íntima, do lar, e do entorno, em uma afirmação de pertencimento e de fruição da vida”, diz Rafael Baron. As pinturas, em óleo ou acrílica sobre tela – e muitas vezes os dois materiais – são de formatos variados: desde os grandes, com 3,5 metros de largura, aos médios, em torno de 1 metro, e ainda estão quatro guaches, com 40 cm x 30 centímetros.

O artista vem de um período de exposições nos EUA nos últimos três anos – as individuais “Pose”, na galeria AlbertzBenda, em Nova York, e “Rafael Baron: Portraits”,na mesma galeria, em Los Angeles, ambas em 2022; e no ano anterior “Wishyouwerehere”, no espaço The Cabin, em Los Angeles; e as coletivas “Rollwith It”, na galeria Scott Miller Projects, em Birmingham, no Alabama, e “FragmentedBodies III”, na galeria AlbertzBenda, em Nova York, também em 2021 – e, com trabalhos comissionados, nas coletivas “Crônicas Cariocas” e “Funk”, no Museu de Arte do Rio(MAR).

Em “Meu lugar”, Rafael Baron mergulha no universo de Nova Iguaçu, Baixada Fluminense, onde nasceu e trabalha, em que explora cenários nas paisagens rurais– “ora sozinhas, ora com personagens” – como nas pinturas “Primavera” (2023), “Casa de Campo” (2023), “Marapicu” (2024), “Tinguá” (2024), “Serra do Vulcão” (2024), “Casa de Vó” (2024), “Café, fumo e jornal” (2024) e “Pai e filho no parque” (2024).

“A função estruturante da família, o amor, o afeto, momentos de relaxamento no próprio lar” são cenários íntimos que Rafael Baron mostra na exposição. “É um convite para este lugar idílico”, afirma. “A vida não é só confronto, conflito”. As cenas de lar, de paz e alegria estão presentes nos trabalhos “Reunião de Família” (2024), “Dia das mães” (2024), “Fim de tarde” (2023), “Maurício” (2024), “Casa com piscina” (2024), “Primeiro ano” (2024), “Amor e afeto” (2024), “Lar” (2024), “André, Henrique e Leopoldo” (2024), “Mãe” (2024), “Recanto” (2024) e “Cosme e Lourdes” (2024).

Jean Carlos Azuos destaca que “lar, afeto, amor, localidade são palavras muito fundamentais para Baron”. “Ele traz um território muito particular dele, da biografia que foi construindo. Nas suas pinturas ele vai nos apontando a dimensão de como lida com a família nas viagens, na casa da piscina, nos retratos, e nos ritos de passagem que temos nas nossas vidas, as celebrações.de família, o Dia das Mães…”, afirma o curador.

“Em um outro vértice”, continua, “o trabalho vai caminhando para as paisagens bucólicas”. “Baron nos faz acessar esses espaços, e nos instiga a saber: que lugares são esses? É um trabalho que nos convida para nossa compreensão, as confidências, a troca. Mexe um pouco com nossa fabulação. A pintura ‘Serra do vulcão’: onde será? É Nova Iguaçu, dentro da perspectiva de Rafael Baron? Mas pode ser tantos outros lugares, a partir de locais familiares em outras perspectivas, outras geografias”. Azuos observa também que esta compreensão de Nova Iguaçu se estende para a Gávea, e “os trabalhos dialogam com este trânsito entre esses espaços”. “Ele também tem este endereçamento: parte desses lugares e se assenta na galeria e se coloca para essas e outras interpretações e leituras”.

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