Reflorestamento é uma ação coletiva que acontece a partir do encontro entre diferentes modos de vida que, juntos, colaboram para a transformação da paisagem ambiental, social e subjetiva.

Diante do cenário de degradação do ecossistema do planeta, e também da política e da sensibilidade, é chegado o tempo de reflorestar. Reflorestamento do corpo. Reflorestamento da imaginação. Reflorestamento da linguagem. Reflorestamento do mundo.

Para reflorestar é preciso antes preparar o terreno, adubar o solo e fertilizar a vida. Nesse gesto, os saberes vegetais, animais e minerais são aliados que nos ensinam outras temporalidades e outras possibilidades de convívio.

Nesta exposição, cada núcleo – que chamamos de “ninho” – é o sintoma de uma produção que nomeamos de: Gestações de si; Tecnologias ancestrais; Fabulações do arquivo; Cartografias do intolerável; Montagens infinitas; Potências do gesto; Transmutações afetivas; Ecologias da paisagem; Alianças interespécies; e Vibrações cósmicas. Convidamos pesquisadorys para escrever um verbete sobre cada ninho, a fim de experimentar a linguagem no limiar de um provérbio, de um feitiço e de um dito popular.

Cada obra é a semente de um sonho que faz brotar em nós o desejo e a coragem de fabular o mundo e de transmutar nós mesmos. Somos sementes da Terra, e as sementes do novo mundo foram plantadas.