Panmela Castro | Honra ao Mérito | MAR

Panmela Castro

No dia 28 de setembro, às 16h, a artista Panmela Castro realizará a performance “Honra ao Mérito”,  no Museu de Arte do Rio (MAR), como parte da exposição “Ideias radicais sobre o amor”, que pode ser vista até o dia 24 de novembro de 2024.

Com entrada gratuita, a performance, que será realizada no pátio do museu, contará com a participação do público. Inédita no Rio de Janeiro, a ação, que foi realizada em 2023 na I Bienal das Amazônias, aborda a falta de reconhecimento das mulheres e propõe uma cerimônia onde medalhas são concedidas a mulheres do público, como forma de valorizar seus talentos e ações dignas de destaque. “É uma reparação histórica”, afirma Panmela Castro.

Após a realização da performance ao vivo, o registro em vídeo será exibido como parte da exposição.

Além de “Honra ao Mérito”, a artista já realizou a performance “Culto contra os embustes” (2020), e ainda fará “Revanche”, no dia 5 de outubro, e “Ruptura”, no dia 12 de outubro.

Com mais de 20 anos de trajetória, Panmela Castro apresenta no Museu de Arte do Rio a exposição individual “Ideias radicais sobre o amor”, com obras participativas, tendo como fio condutor a ideia da psicologia que fala sobre a necessidade de pertencimento como impulso vital dos seres humanos. Com curadoria de Daniela Labra e assistência curatorial de Maybel Sulamita, são apresentadas 17 obras, sendo 10 inéditas, entre performances, fotografias, pinturas, esculturas e vídeos, que exploram questões como afetividade, solidão, visibilidade, empoderamento, autocuidado e memórias.

A exposição irá se construir através de performances, ações e participações do público, que acontecerão ao longo do período da mostra. “Todas as obras de alguma forma precisam do outro para existir ou se completar, é uma exposição que começa em construção”, ressalta Panmela Castro. A exposição foi inaugurada com três telas em branco da série “Vigília no Museu”, que serão pintadas quando o museu estiver fechado ao público. Um conjunto com 50 fotografias com registros desta série também faz parte da mostra.

A exposição conta, ainda, com obras inéditas nas quais o público é convidado a participar, como a obra “Chá das Cinco”, em que o público pode tomar um chá e compartilhar conselhos com outros visitantes da exposição através de bilhetes deixados debaixo do pires. Já em “Vestido Siamês”, duas pessoas poderão vestir, ao mesmo tempo, um grande vestido rosa feito em filó. Além disso, o público é convidado a trazer batons para a obra “Coleção de Batons” e objetos para deixar em um casulo, que serão transformados em esculturas pela artista. Inspirada nos tradicionais jogos arcade (fliperama), a obra “Luta no Museu” é um jogo no qual os lutadores são os artistas Allan Weber, Anarkia Boladona, Elian Almeida, Priscila Rooxo, Vivian Caccuri e Rafa Bqueer. Completando as obras inéditas, está o vídeo “Stories”, uma coleção de pequenos vídeos publicados no Instagram da artista (@panmelacastro).

Além dos trabalhos inéditos, obras icônicas da artista também fazem parte da exposição, como “Biscoito da sorte” (2021), que traz os tradicionais biscoitos japoneses com mensagens feministas criadas pela artista; “Bíblia feminista” (2021), na qual o público pode escrever ideias que guiem a emancipação e a luta por direitos das mulheres cis e trans, e “Consagrada” (2021), fotoperformance na qual a artista aparece com o peito rasgado com esta escarificação, fazendo uma crítica à forma como o mercado de arte elege seus personagens.

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