Jaider Esbell (1979-2021) nasceu na Normandia, Roraima, na terra indígena Raposa Serra do Sol, e se consolidou nos últimos anos como uma das figuras centrais da arte indígena contemporânea no país.
Indígena da etnia Makuxi, o artista é uma das estrelas da 34ª Bienal de São Paulo.
Esbell expõe suas obras desde setembro na mostra Moquém_Surarî: Arte Indígena Contemporânea, no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM ).
Mudou-se para Boa Vista aos 18 anos, quando já participava da articulação dos povos indígenas e movimentos sociais como o Artivismo.
“Artivismo nada mais é do que tornar esta agitação, esta política e comunicação cada vez mais definidas dentro do argumento artístico. Entendemos a arte como ferramenta política”, disse o artista plástico sobre o termo que direciona sua obra.
No centro de sua obra está a figura do jenipapo, planta fundamental na cosmologia makuxi. É ela quem aparece nas pinturas de Esbell com motivos mitológicos e que tinge os tecidos que ele elabora.
“Acredito que as coisas estão acontecendo na hora certa, na medida certa e, aos poucos, isso está se consolidando”, disse Jaider, em relação à profusão de obras indígenas.
Animitas Blanc, 2017.