Criada em 2008, a revista Dasartes surgiu em um momento especialmente profícuo nas artes visuais no país. Testemunhava-se uma revigoração no circuito brasileiro, que consolidava então novos espaços e plataformas para uma produção que, até aquele momento, basicamente, só dispunha de salões, alguns poucos programas de apoio (importantes, vale ressaltar) e eventos intermitentes. No campo editorial, a Dasartes preencheu uma lacuna sentida há muito tempo, propondo-se como uma revista especializada voltada para o grande público. Amantes da arte que queriam se manter informados de forma prazerosa, sem a necessidade de conhecer de antemão o vocabulário técnico dos periódicos acadêmicos e um passo além do restrito conteúdo dos cadernos culturais, passaram a ter sua própria revista. O sucesso foi imediato e sua circulação rapidamente disparou, alcançando todo o país.
Em 2016, a Dasartes completa oito anos, que permitiram aos seus leitores acompanhar a conformação da linguagem de artistas então em início ou meio de carreira, assim como a emergência de novos talentos de nossa arte contemporânea, hoje internacionalmente reconhecida. Além disso, sempre apoiou iniciativas dedicadas à ampliação e à inovação no meio de arte, sejam institucionais ou individuais. Hoje, tal postura se amplia, com sua presença em diferentes meios digitais.
Esta exposição procura ser, portanto, um perfil, a um só tempo, de sua história, mas, naturalmente, de aspectos da recente produção brasileira nesses anos de existência da revista. Em virtude disso, era mais do que imperativo privilegiar a variedade de linguagens e pesquisas individuais, reafirmando nossa pluralidade. Os artistas convidados representam uma seleção daqueles inúmeros apresentados na revista. Desejamos com esse recorte – afortunadamente destinado a adesões, complementos, questionamentos, alternativas – que ele sirva de impulso para iniciativas semelhantes, vindo a enriquecer ainda mais nossa cultura.