projeto de arte-educação da Fundação Iberê, atenderá crianças com autismo atingidas pelas enchentes

No dia 24 de junho (segunda-feira), o Programa Iberê nas Escolas inaugura uma nova etapa de sua proposta de envolver alunos de escolas públicas e a arte. Vinte crianças autistas – com idades entre 5 e 12 anos – afetadas pelas enchentes na cidade de Guaíba serão atendidas pelo projeto Iberê (TE.A)rte, que, utilizando a arteterapia como ferramenta de apoio, de escuta e de intervenção, surge como um espaço para que elas possam expressar suas emoções, lidar com o trauma – perda parcial e/ou total de seus lares, histórias e memórias – e incentivar a criatividade. As crianças serão divididas em duas turmas, com um encontro semanal durante três meses, no Centro Educacional Integrado de Atendimento ao Autista de Guaíba.

O (TE.A)rte prevê, também, visitas guiadas à Fundação Iberê. Nesses dias, o museu estará exclusivamente aberto e adaptado para receber as crianças, proporcionando uma experiência inclusiva, que contribuirá para sua integração social e cultural.

O programa será conduzido por profissionais da saúde e arteterapeutas com formação e experiência em arteterapia e TEA (Transtorno do Espectro Autista), que manterão contato direto com os cuidadores e/ou equipes multidisciplinares que acompanham a evolução da criança, adaptando as práticas terapêuticas de acordo com as necessidades individuais e preferências.

“Nossa proposta não prevê ênfase no resultado final, mas no processo criativo e expressivo durante sua realização. Dessa forma, as crianças terão a oportunidade de explorar seus sentimentos, auxiliados nos seus processamentos de traumas, promovendo o equilíbrio emocional e gerando mudanças significativas na percepção do mundo e de si mesmas”, destaca Robson Bento Outeiro, superintendente-executivo da Fundação Iberê.