Uma pintura misteriosa que ficou por séculos esquecida na catedral de Pompeia foi recentemente identificada como uma obra do mestre renascentista Andrea Mantegna. A peça, que retrata a descida de Cristo da cruz, foi restaurada e, após cuidadosas análises científicas, confirmada como original de Mantegna. A obra será exibida temporariamente nos Museus Vaticanos a partir de 20 de março, devolvendo à história da arte uma obra-prima que se pensava perdida.
A obra foi originalmente registrada no século XVI em Nápoles, mas desapareceu depois disso. Durante anos, a pintura foi negligenciada e sofreu restaurações inadequadas, incluindo pesadas repinturas. No entanto, ao ser fotografada e compartilhada em um banco de dados online, despertou o interesse de especialistas, incluindo o historiador Stefano De Mieri, que sugeriu sua possível autoria por Mantegna. Após uma análise cuidadosa com luz ultravioleta, os curadores do Vaticano confirmaram a autenticidade da obra.
A pintura, que será exibida na Sala XVII da Pinacoteca do Vaticano por três meses, destaca-se por sua iconografia renascentista e referências à antiguidade, características típicas do estilo de Mantegna. A redescoberta e restauração da “Deposição de Cristo” colocam em evidência a importância da conservação e da pesquisa científica no campo das artes visuais, e reforçam o legado do artista, que foi essencial no renascimento da arte clássica durante a Renascença.