Espaço dedicado a pensar a história da escravidão, buscando reflexões sobre a complexidade do tema e suas consequências na atualidade, o Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira (Muhcab), da Secretaria Municipal de Cultura, inaugura o “Mural das Lutas Afro-brasileiras”, um grafite da Cia Teatral Queimados Encena, de Queimados, feito com recursos da Secretaria de Estado de Cultura, por meio do edital Rua Cultural. Assinam este trabalho três grafiteios: Cazé (Negro Muro), Juliana Fervo e Kajaman, que iniciaram a obra no Muhcab e terminaram na Praça Brinx, no Morro da Providencia. São 100m2, sendo 70m2 no Muhcab e 30m2 na Providência.
Idealizado por Leandro Santanna, diretor do Muhcab, para ser mais uma frente do educativo do museu e discutir o processo escravagista e de abolição no país, o “Mural” traduz algumas lutas e revoltas que ocorreram no país. A pesquisa é de Rajão Negro Muro, e a curadoria, de Mariana Maia.
“Para que a gente conseguisse a libertação. Os artistas criaram cenas e personagens importantes neste processo, como por exemplo a Revolta dos Malês e uma revolução em Paraty, com Manuel Congo e Marianna Crioula, celebrando a imagem e a memória de heróis e heroínas que lutaram pela conquista da liberdade no Brasil”, diz.

Leandro Santanna, diretor do MUHCAB | FOTO: Divulgação
O projeto contribui para a educação das relações étnico-raciais através de uma importante revisão de nossa história e tecendo maior sentimento de representatividade nas populações afrodescendentes. Verdades sobre a escravidão e abolição no Brasil.
O Muhcab fica na Rua Pedro Ernesto, 80, Gamboa. Funciona de quinta a sábado, das 10h às 17h e tem entrada gratuita.