O diretor do Museu Nacional do Brasil se dirigiu à Europa ontem para uma viagem de duas semanas para arrecadar fundos para ajudar a financiar a reconstrução da instituição devastada pelo incêndio no ano passado.
Alexander Kellner disse que visitará a Alemanha e a França em busca de apoio depois de não conseguir a ajuda tão necessária no Brasil.
“Nosso objetivo é mostrar nossos esforços de reconstrução e explicar como instituições de outros países podem contribuir”, disse Kellner antes de embarcar em um avião no Rio de Janeiro.
“Essa tragédia transcende nossas fronteiras. Não é só o Brasil que sofreu. O incêndio afetou as coleções de outros países”.
Além dos recursos necessários para a reconstrução do principal museu de história natural da América Latina, a instituição precisa de dinheiro para proteger os artefatos resgatados das cinzas do prédio destruído.
Kellner disse a repórteres no início deste mês que o museu exigiu um milhão de reais (cerca de US$ 250 mil) “para poder respirar”.
Depois do incêndio, o Ministério da Educação liberou o equivalente a US$ 2,5 milhões para obras de emergência para preservar a fachada do edifício. Mas outros fundos públicos ainda não foram desembolsados.
Kellner planeja se reunir com representantes dos governos e museus alemães e franceses, e visitar a catedral de Notre Dame em Paris para “ver como a reconstrução é organizada e mostrar solidariedade”.
O Museu Nacional do Brasil recebeu o equivalente a US$ 280 mil em doações, disse Kellner anteriormente – uma fração dos mais de um bilhão de dólares prometidos para a Notre-Dame.
O custo total de restauração do Museu Nacional será de aproximadamente 100 milhões de reais.
Fonte: ArtDaily