A Mona Lisa, o retrato mais famoso do mundo, ganhará uma sala própria no Louvre, enquanto o museu mais visitado do mundo passa por uma grande reforma depois que seu diretor alertou que visitar o prédio superlotado havia se tornado uma “provação física”.
Ao discursar em frente à obra-prima de Leonardo da Vinci do século 16, o presidente francês, Emmanuel Macron, disse que se sentiu “honrado” por estar na presença da Mona Lisa e anunciou que o retrato teria seu próprio “espaço especial” dentro do Louvre.
Macron também anunciou que, a partir de 1º de janeiro de 2026, visitantes do museu vindos de países fora da UE pagarão uma taxa de entrada mais alta.
Macron disse que o novo local da Mona Lisa seria “independentemente acessível em comparação ao resto do museu”, com “seu próprio passe de acesso”. A pintura atualmente está pendurada atrás de um vidro protetor na maior sala do Louvre, que também apresenta obras do século 16 de mestres venezianos. Mas a superlotação é um grande problema, pois os visitantes tentam dar uma olhada nela através de uma multidão de braços segurando celulares.
No ano passado, o Louvre teve 8,7 milhões de visitantes — mais de 75% deles de fora da França, principalmente dos EUA e China, além da Itália, Reino Unido, Alemanha e Espanha. Macron disse que o Louvre tinha como objetivo receber 12 milhões de visitantes por ano depois que fosse reformado.
A reforma incluirá o que Macron chamou de “nova grande entrada” perto do Sena, a ser inaugurada em 2031, bem como a criação de salas subterrâneas que expandirão o espaço de exposição. Ele disse que a nova entrada, na Colonnade de Perrault no lado leste do museu, seria financiada pelos próprios recursos do museu e pelos patronos, não pelos contribuintes franceses. Uma competição seria realizada para escolher um projeto arquitetônico, ele disse.