Para celebrar os 550 anos de nascimento de Michelangelo Buonarroti, a Basílica de Santa Croce, em Florença, concluiu a restauração de seu túmulo, projetado pelo artista e historiador Giorgio Vasari. O trabalho foi conduzido pelo Opificio delle Pietre Dure e financiado pela Opera di Santa Croce, por meio de uma campanha que arrecadou 100 mil euros em 2017.
Conhecida como o “templo das glórias italianas”, Santa Croce abriga os túmulos de personalidades como Galileo Galilei, Niccolò Maquiavel e Leonardo da Vinci. A família Buonarroti custeou a construção do túmulo no século XVI, investindo 770 scudi, um valor acima do orçamento inicial e suficiente para comprar várias casas na época. Seis anos após a morte de Michelangelo, em 1570, a família também ergueu um altar próximo ao túmulo, reforçando a importância do artista dentro de sua genealogia e do cenário cultural da época. Durante a celebração de seu aniversário, a Accademia delle Arti e del Disegno e o Conselho Municipal de Florença depositaram uma coroa de louros tripla sobre o monumento, representando as três áreas em que Michelangelo se destacou: pintura, escultura e arquitetura.
Ao longo dos séculos, o túmulo sofreu desgastes, agravados pela grande enchente do Rio Arno em 1966, que afetou diversas obras de arte na cidade. De acordo com o site Artnet, a restauração incluiu limpeza, reforço das partes deterioradas e reparação de fissuras, preservando os detalhes originais. O monumento combina diferentes pedras toscanas, como mármore de Carrara, Bardiglio e mármore amarelo de Siena, refletindo a riqueza dos materiais da época. A iniciativa busca garantir a conservação do monumento e sua história para as próximas gerações.