Com o intuito de incentivar a produção artística contemporânea, a ZUM, revista de fotografia do IMS, promove sua bolsa de fomento. O prêmio chega agora à 12ª edição. As inscrições abrem hoje (6 de junho) e vão até 21 de julho. O edital e o formulário de inscrição já estão disponíveis no site da revista.
Serão selecionados dois projetos inéditos elaborados por artistas ou coletivos brasileiros e estrangeiros residentes no Brasil. As candidaturas escolhidas receberão bolsas no valor de R$ 80 mil para o desenvolvimento e a entrega das obras. Os projetos devem ser relacionados à fotografia ou vídeo, em suas mais diversas vertentes, sem restrição de tema, perfil ou suporte. Todo o processo de inscrição é digital.
As pessoas ou coletivos contemplados terão um prazo de oito meses para a entrega dos resultados finais, que serão incorporados à Coleção Contemporânea do IMS. A iniciativa se soma aos esforços realizados pelo IMS para ampliar seu acervo, estabelecer diálogos e valorizar as múltiplas vozes que compõem a diversidade cultural do país.
Nas edições passadas, foram contemplados projetos de artistas e coletivos como Musa Michelle Mattiuzzi (2023), Coletivo Lakapoy (2023), Igi Lola Ayedun (2022), Glicéria Tupinambá (2022), Tiago Sant’Ana (2021), Castiel Vitorino Brasileiro (2021), Val Souza (2020), Aleta Valente (2019), Aline Motta (2018), Dias & Riedweg (2018), Tatewaki Nio (2017) e Sofia Borges (2017), entre outros.
As candidaturas são avaliadas por uma comissão constituída por profissionais do IMS e pessoas convidadas com trabalho reconhecido na área. São consideradas a qualidade artística e a viabilidade do projeto. Os projetos vencedores deste ano serão divulgados em agosto no site da ZUM.
Conheça os projetos selecionados em 2023:
Corpo preta, composições com rosas vermelhas para um arquivo em preto e branco, de Musa Michelle Mattiuzzi, é um projeto de performance fotográfica que utiliza a ideia de fabulação crítica para construir novas imagens a partir do estudo de arquivos históricos coloniais de pessoas negras na Bahia. A fotoperformance é pensada como uma rota de fuga da violência colonial, orientada pelos debates propostos pela filosofia contemporânea e pelo pensamento radical negro no Brasil.
Gente de verdade investiga a relação do povo Paiter Suruí com a imagem através da construção de um arquivo de fotografias guardadas pelos próprios Paiter, desde o momento em que começaram a utilizar câmeras, há pouco mais de 50 anos. O projeto também inclui a criação de retratos atuais feitos por Ubiratan Suruí, o primeiro fotógrafo profissional de seu povo, e a construção de um site que disponibilizará o acervo para os Paiter Suruí.
Para saber mais sobre as edições anteriores, acesse: revistazum.com.br/