A curadora equatoriana Manuela Moscoso foi selecionada para liderar a segunda edição da Bienal das Amazônias, programada para o segundo semestre de 2025
A nova edição coincidirá com a 30ª Conferência das Partes da Organização das Nações Unidas, a COP 30, que tem a expectativa de reunir em torno de 100 mil pessoas de 197 países, na cidade de Belém, em novembro de 2025.
A escolha do projeto de Manuela Moscoso está alinhada aos objetivos institucionais da Bienal das Amazônias. “Trata-se de uma importante curadora do território amazônico, interligada a uma rede internacional das artes, cujo trabalho é, também, um catalisador e uma plataforma de debates acerca de importantes temas da contemporaneidade”, afirma a idealizadora e presidente da Bienal das Amazônias, Lívia Condurú.
Segundo Lívia, a segunda edição da Bienal das Amazônias reafirma o seu papel de contraponto no cenário da arte nacional e internacional, valorizando a diversidade cultural da Amazônia e buscando descentralizar as práticas artísticas. “Embora o fazer artístico não tenha território, sabemos que os grandes centros polarizam a história dos movimentos institucionais. É uma alegria ver que essa iniciativa inovadora, emprenhada no coração da Amazônia, pensada por mulheres, ganha cada vez mais fôlego”, avalia.
“Com essa nova curadoria, aguardamos mais um convite ao questionamento e novas experiências que tirem do eixo e nos façam repensar sobre nosso lugar e papel no mundo, e por isso continuamos juntos, patrocinando com entusiasmo esse próximo passo da Bienal”, diz Gabriel Gutierrez, coordenador do Instituto Cultural Vale, que reafirma seu compromisso com a iniciativa.
Keyna Eleison, diretora de Conteúdo e Pesquisa do Centro Cultural Bienal das Amazônias, enfatiza a relevância da escolha. “Manuela Moscoso é uma curadora internacional, com um currículo impecável. Desenvolve seu trabalho de maneira única e notável. Está à frente de uma Instituição de Arte que está fazendo diferença – CARA (Center of Arts Research and Alliances), em Nova York. Brindamos não só a possibilidade de tê-la como parceira nesta edição, mas também a certeza da Instituição de que as linhas múltiplas de construção de pensamento que se desenvolvem em territórios amazônicos devem ser celebradas e fomentadas”, afirma Keyna.
Ela explica ainda que a BdAs surgiu e se afirma com a ambição de ser uma iniciativa descentralizadora de referências e de práticas culturais valorizando a diversidade e a riqueza artística da região Amazônica, mas sem perder seu caráter cosmopolita, dialogando com instituições e artistas de todos os continentes. “Daí a importância da presença de Manuela Moscoso, uma curadora, pesquisadora e produtora crítica, com um extenso histórico na concepção e realização de exposições inspiradoras internacionalmente. O projeto de Manuela foi definitivamente o que teve mais articulação com o que acreditamos para a Bienal das Amazônias”, reforça Keyna, garantindo que a segunda edição será inesquecível.