Na quarta semana da ‘Seleção de obras de arte’ disponível nas plataformas digitais da galeria Simone Cadinelli Arte Contemporânea, a programação traz obras das artistas Leandra Espírito Santo, Patrizia D’Angello e Gabriela Noujaim. Hoje será disponibilizada a imagem da série Natureza morta (arroz e feijão), de 2019, de Leandra Espírito Santo (Rio de Janeiro, 1983, radicada em São Paulo). Na quarta-feira será a vez da pintura Matriarcado (2018), da artista carioca Patrizia D’Angello, e na sexta-feira o público verá Vale sagrado (2019), de Gabriela Noujaim (Rio de Janeiro, 1983).
A seleção da semana revisita os símbolos de representações na história da arte, como a natureza morta e os retratos, a partir de produções que trazem as tensões de problemáticas sociais e contemporâneas.
Para acessar a programação basta ir nas páginas da galeria no Instagram – @simonecadinelli.com – e no Facebook – @galeriasimonecadinelli. Todas as obras postadas desde 30 de março podem ser vistas também no link https://www.simonecadinelli.com/selecao-obras, onde basta se cadastrar para receber a newsletter semanal, gratuita, com as informações dos artistas e seus trabalhos.
A seleção dos trabalhos é da própria galeria, e são quinze os artistas representados e convidados que participam desta ação: Claudio Tobinaga, Fernanda Sattamini, Gabriela Noujaim, Isabela Sá Roriz, Jeane Terra, Jimson Vilela, Kammal João, Leandra Espírito Santo, Patrizia D’Angello, Roberta Carvalho, Sani Guerra, Stella Margarita, Urbano Iglesias, Ursula Tautz e Yoko Nishio.
As obras da semana de 20 a 24 de abril são:
- Leandra Espírito Santo
Série “Natureza morta (arroz e feijão)”, 2019
Ferro, resina e comida; 110 x 16,5 x 16,8 cm
Edição: 1/3 + 1 PA
“Natureza Morta” é um processo de encapsulamento em resina de alimentos que representam a alimentação comum e tradicional brasileira, como o arroz e feijão. Esses alimentos em potencial decomposição trazem uma relação com a morte que acaba sendo camuflada por uma imagem superficial, além de fazer uma crítica e revisitar as reproduções de natureza morta na história da arte.

Leandra Espírito Santo, Série Natureza morta (arroz e feijão), 2019
- Patrizia D’Angello
“Matriarcado” (2018)
Óleo sobre linho; 88 x 90 cm
As pinturas da artista retratam a realidade de forma exagerada e irônica, principalmente a de seu cotidiano, ganhando intensidades em seus títulos, como “Matriarcado”, uma crítica direta a uma nova forma de sociedade utilizando uma imagem icônica do “fruto proibido”.

Patrizia D’Angello, Matriarcado, 2018
- Gabriela Noujaim
“Vale sagrado” (2019)
Serigrafia sobre papel; 31 x 84 cm
Edição: 1/3
Através da técnica da serigrafia em papel expandida para o tridimensional, com as intervenções na moldura, as figuras se conectam com as formas circulares do Vale do Sagrado, região dos incas, nos andes peruanos, potencializando a força do movimento pela libertação do poder aos corpos. Esta série é um desdobramento do livro da artista “Presente 2016”.

Gabriela Noujaim, Vale sagrado, 2019
SOBRE OS ARTISTAS DA SEMANA DE 20 A 24 DE ABRIL DE 2020
Leandra Espírito Santo (Rio de Janeiro, 1983). Vive e trabalha em São Paulo.
Doutoranda e mestre em Artes Visuais pela ECA/USP. Graduou-se em Comunicação Social pela UFF/Niterói.
Seu trabalho artístico transcorre por diversas mídias, como performance, fotografia, vídeo, escultura, intervenção urbana. Por meio de linguagem cômica e irônica, a artista faz reflexões sobre nossos procedimentos cotidianos, dos mais complexos aos mais comuns, investigando a relação entre a arte e as diversas técnicas e tecnologias, relativizando seus usos e pensando na relação que mantemos com elas em nível de corpo e comportamento. Em 2017, iniciou pesquisa focada nas relações entre identidade, corpo e máquina, série de trabalhos em que pensa a auto representação dentro das redes sociais.
Em 2019, fez a residência artística Pivô Pesquisa, São Paulo. Em 2016, foi indicada ao Prêmio PIPA /MAM Rio, tendo sido finalista do Pipa Online. Em 2014, recebeu o Prêmio Estímulo no 42º Salão de Arte Contemporânea Luiz Sacilotto e ganhou a Chamada Artes Visuais da Secretaria de Cultura de Niterói. Entre suas principais exposições, prêmios e eventos estão: “Instauração” – Sesc Belenzinho (SP, 2017); “Agora somos mais de mil” – EAV Parque Lage (RJ, 2016); “Quando o tempo aperta” – Palácio das Artes (BH, 2016) e Museu Histórico Nacional (RJ, 2016); “Novíssimos” – Galeria Ibeu (RJ); 37° Salão de Artes de Ribeirão Preto (SP, 2013); 2º Prêmio EDP nas Artes – Instituto Tomie Ohtake, São Paulo (SP, 2010).
Patrizia D’Angello vive e trabalha no Rio de Janeiro. Formada em Artes Cênicas pela Uni-Rio e em Moda pela Universidade Cândido Mendes. Frequentou diversos cursos na Escola de Artes Visuais no Parque Lage. Participou de grupos de estudo com Charles Watson, Ivair Reinaldin, Milton Machado e Daniela Name. Em 2014 e 2015 esteve no programa de bolsa residência-intercâmbio com a École Nationale Superieure des Beaux Arts de Paris.
Desde 2008 desenvolve uma poética que incorpora e comenta a vida em suas grandezas e pequenezas, em seus potenciais de estranhamento e em suas banalidades. Sua produção abrange pinturas, objetos, performance, fotografia e vídeo.
Fez as exposições individuais: “Jardim do Éden” (Galeria do Lago no Museu da República, Rio de Janeiro, 2019), “Lush” (Centro Cultural Municipal Sergio Porto, Rio de Janeiro, 2018); “Assim é se lhe Parece – Casa, Comida e Roupa Lavada” (CCJF, Rio, 2016); “Kitinete” (Galeria do Ateliê da Imagem, Rio, 2016); “No Embalo das Minhas Paixões” (Galeria IBEU, Rio, 2012).
Destacam-se as exposições coletivas: “My Way” (Casa França Brasil, Rio, 2019); “Futebol Meta Linguagem” (Centro de Artes Calouste Gulbenkian, 2018); “Mundos ReInventados, Let us just call it abstract” (C Galeria, RJ); “Attentif Ensemble, Jour et Nuit Culture” (Paris, 2015); “Portage”, ENSBA (Paris, 2014); XIII Salão SAMA, (João Pessoa, 2010); Salão Novíssimos (Galeria IBEU, Rio, 2010). Foi indicada ao Prêmio PIPA em 2012.
Gabriela Noujaim (Rio de Janeiro, 1983). Vive e trabalha no Rio de Janeiro.
Gabriela se insere em uma tradição de exploração dos limites e possibilidades da gravura feita por artistas como Fayga Ostrower, Anna Letycia, Anna Maria Maiolino, Anna Bella Geiger e Leya Mira Brander. Formada em Gravura pela Escola de Belas Artes da UFRJ em 2007, a artista vem estruturando sua poética na imagem técnica construída a partir de vídeos, fotografias e, mais inicialmente, a gravura, e pela ideia de fixar uma imagem no tempo.
Importantes exposições: “Verbo 2018”, Galeria Vermelho, SP; lançamento do livro “Gift 2016”; Festival Internacional de Arte – SP Arte 2017; Leilão Anima, na Galeria Luisa Strina, 2016, SP. Em 2015, participou do grupo show “Se Liga” no CCBB RJ e do projeto “Technô”, Oi Futuro Flamengo RJ. Foi finalista do 3m Love Songs Festival no Instituto Tomie Ohtake, em 2014, SP; participou do Festival Internacional de Linguagem Eletrônica (FILE), 2013; em 2012 foi indicada ao Prêmio Pipa; participou do 64º Salão Paranaense e da exposição “Prêmio Jovens Mestres Rupert Cavendish”, Londres, Inglaterra; em 2011, recebeu a Menção Honrosa no festival de videoarte “Lumen EX”, Badajoz, Espanha; e recebeu o Prêmio de Aquisição da 39ª Exposição de Arte Contemporânea de Santo André, SP.
Simone Cadinelli Arte Contemporânea
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