No aniversário da cidade de São Paulo, em 25 de janeiro de 2024, estreia “Tarsila, a Brasileira”, musical sobre a vida da modernista Tarsila do Amaral tendo Claudia Raia como a protagonista e Jarbas Homem de Mello como Oswald de Andrade. Realizado pela Oito Graus Produções, com produção da Rega Início Produções Artísticas e idealização da Raia Produções, o espetáculo estará no Teatro Santander e já iniciou a venda de ingressos.
O espetáculo promete uma viagem ao início do século 20 e apresentará grandes nomes como Anita Malfatti, Mário de Andrade e Menotti del Picchia. Juntamente com Tarsila do Amaral e Oswald de Andrade, esse quinteto de modernistas teve papel marcante na história da arte brasileira. Segundo Raia, Tarsila do Amaral personifica o Brasil, mostrando o potencial criativo e a renovação necessária para revelar algo novo.
O elenco reúne 23 atores-cantores e conta com texto de Anna Toledo, que assina texto e letras junto de José Possi Neto. A direção musical é de Guilherme Terra, que assina também as letras originais junto de Tony Lucchesi. Já as coreografias e direção de movimento estão à cargo de Alonso Barros, a cenografia é de Renato Theobaldo, os figurinos de Fabio Namatame e o visagismo de Dicko Lorenzo.
A história começa com a chegada de Tarsila a São Paulo, em 1922, vinda da Escola de Artes de Paris, e seu encontro com os modernistas, que daria origem ao famoso Grupo dos Cinco. A trama passa pela efervescência e excessos dos modernistas, a vida entre São Paulo e Paris, o atribulado e concorrido atelier de Tarsila em Paris – frequentado por nomes como Pablo Picasso, Igor Stravinsky, Eric Satie, Jean Cocteau, entre outros – e as revoluções estéticas que culminaram no movimento Antropofágico e na criação do Abaporu, ponto máximo da colaboração artística entre Tarsila e Oswald.
A segunda parte da história começa justamente com a Crise de 1929, quando Tarsila perde toda a sua fortuna e descobre a traição de Oswald com Pagu. Separada de Oswald e destituída de suas fazendas, Tarsila viaja para Moscou e dá início a sua fase de pinturas “sociais”, retratando os trabalhadores brasileiros. Tarsila é presa pela polícia de Getúlio Vargas, suspeita por atividades “revolucionárias” pelo simples fato de ter ido à Rússia. Acolhida e amparada pelos amigos, Tarsila então conhece seu último amor, o jornalista carioca Luis Martins, 24 anos mais jovem do que ela, com quem viveria por dezoito anos.
Após a morte da sua filha e sua neta, da separação de Luís, e da morte de Mário, Anita e Oswald, Tarsila reflete sobre suas perdas e encontra consolo na espiritualidade – mais especificamente, na doutrina espírita de Chico Xavier. Numa epifania, Tarsila revela sua visão e renova sua convicção na Arte como possibilidade de transcendência e de encontro com as pessoas que amou e as pessoas que compartilharam do mesmo sonho, que se funde com a Retrospectiva da Semana de Arte Moderna, cem anos depois, numa grande consagração da Cultura brasileira.
Com duas horas e meia de duração (com intervalo), o musical ficará em cartaz de 25 de janeiro a 26 de maio (de quinta a domingo) no Teatro Santander – Complexo JK Iguatemi (Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 2041, Itaim Bibi, São Paulo). Os ingressos já estão à venda na plataforma Sympla e custam de R$25 a R$300.