Patrizia D’Angello, São Paulo, SP, vive e trabalha no Rio de Janeiro, RJ.
A artista é formada em Artes Cênicas pela Uni-Rio e em Moda pela Cândido Mendes. Desde 2008, desenvolve sua poética através das narrativas do cotidiano, incorpora elementos da vida, destacando, suas banalidades e relevâncias.
Em seus trabalhos, transita por diversos suportes como objetos, performance, fotografia, vídeo, sendo a pintura seu principal. Frequentou diversos cursos na Escola de Artes Visuais no Parque Lage. De setembro de 2014 a março de 2015 esteve no programa de bolsa residência-intercâmbio na École Nationale Superieure des Beaux Arts de Paris. Foi indicada ao prêmio PIPA em 2012.

Dramalhão, 2018
Suas pinturas abrangem grandes temas da figuração, como o retrato, natureza morta e a paisagem. Patrizia retrata a realidade de forma exagerada e irônica, principalmente de seu cotidiano, ganhando intensidades em seus títulos, como “Matriarcado”, que pode ser lida como uma crítica direta a uma nova forma de sociedade, livre de machismos, utilizando como símbolo o icônico “fruto proibido”.
“E naquele Instante Tudo Parou” é uma pintura feita a partir de giz seco sobre papel, na qual a artista congela no tempo fragmentos de cenas de rua, principalmente, dos centros da cidade, como do Rio de Janeiro, onde tem uma quantidade grande de “camelôs” nas calçadas vendendo vastos produtos, desde biscoitos até coador de café.

E naquele Instante Tudo Parou, 2011
“Cores, luzes, pinceladas e gestos transformam essas narrativas, cenas e personagens, sem a pretensão de encerrar-se ou esconder-se sob uma camada de preciosidade ou virtuosismo técnico. Nisso ganham força, personalidade ou mesmo leve agressividade: são poéticas, encantadoras, irônicas e provocativas. Na saturação de uma persona-lidade (mais do que num estilo propriamente pessoal) vislumbramos talvez onde se encontre a “real” e verossímil face da artista.” – Ivair Reinaldim.
Em 2019, a partir de uma experiência de pintar ao ar livre no Jardim Botânico no Rio de Janeiro, a artista deu início a uma vasta produção de aquarelas de natureza morta, criando uma atmosfera onírica de ninfeias, relembrando seu período de residência em Paris. Para a artista, a produção desta série é como pintar a percepção da natureza.

Matriarcado, 2018
“Patrizia D’Angello tem trabalhado desde 2018 o cruzamento da fotografia com os cinco gêneros existentes da pintura: retrato, autorretrato, natureza-morta, paisagem e nu. Porém, em algumas obras é possível encontrar a interseção destes gêneros, com as quais a artista nos revela que esta formalidade pode ser subvertida. A sua preferência pela pintura a óleo, pastel seco e aquarela se dá pela possibilidade de manuseio e alterações durante o período em que está elaborando imagens com irônico realismo, a partir de referências de seus registros fotográficos ou apropriados de terceiros. Cenas corriqueiras adquirem uma determinada sofisticação com o olhar protagonista da artista, que aponta para os detalhes banais de algum canto de sua residência ou até mesmo as sobras de um prato de comida em uma churrascaria.” – Isabel Portella.
VEJA ABAIXO a artista em seu ateliê:
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