O renomado artista norte-americano Kehinde Wiley, conhecido mundialmente pelo retrato oficial de Barack Obama, está sendo processado por agressão sexual sob a Lei de Proteção às Vítimas de Violência Motivada por Gênero da cidade de Nova York. A ação foi movida pela artista Ogechi Chieke, que alega ter sido violentamente assediada por Wiley durante um jantar ocorrido em 2007, após uma exposição da qual ambos participaram. Segundo o processo, a artista abandonou sua carreira e se mudou para a Califórnia após o episódio, que descreve como profundamente traumático. Wiley nega todas as acusações, afirmando jamais ter conhecido a denunciante.
Segundo o site Artnet, a denúncia de Chieke se soma a outras alegações recentes contra o artista. Em 2024, o ganês Joseph Awuah-Darko acusou Wiley de agressão sexual em um jantar em 2021, alegando comportamentos semelhantes. Wiley declarou que os dois mantiveram um breve relacionamento consensual e que as acusações fazem parte de uma campanha difamatória. Posteriormente, novas alegações vieram à tona, incluindo relatos de Derrick Ingram e Nathaniel Lloyd Richards, também negadas por Wiley. O artista tem rebatido publicamente as acusações, descrevendo-as como tentativas de extorsão.
As denúncias provocaram consequências imediatas no circuito institucional. Três museus americanos — o Joslyn Art Museum, o Minneapolis Institute of Art (Mia) e o Pérez Art Museum Miami (PAMM) — suspenderam ou adiaram exposições dedicadas ao artista. A decisão gerou críticas da National Coalition Against Censorship, que considerou o gesto uma resposta precipitada, prejudicial ao debate público sobre a obra de um dos nomes mais proeminentes da arte contemporânea norte-americana.