Arqueólogos descobriram uma nova seção da Grande Muralha da China que indica que sua construção começou 300 anos antes do que se acreditava. Utilizando técnicas avançadas de datação, cientistas comprovaram que essa parte da muralha remonta ao final da Dinastia Zhou Ocidental, entre 1046 a.C. e 771 a.C. A descoberta faz parte do primeiro estudo arqueológico sistemático das seções mais antigas da estrutura.
O novo trecho, localizado na Grande Muralha de Qi, um Patrimônio Mundial da UNESCO, foi encontrado na vila de Guangli, na província de Shandong. A equipe de pesquisadores utilizou métodos como datação por carbono-14 e luminescência opticamente estimulada (OSL) para identificar diferentes fases de construção. Segundo o arqueólogo Zhang Su, as técnicas empregadas na muralha evoluíram ao longo dos séculos, com mudanças significativas em sua largura e durabilidade. Além disso, foram descobertas moradias semi-subterrâneas, sugerindo que a estrutura não servia apenas como fortificação militar, mas também como abrigo para habitantes locais.
Outra descoberta importante foi a identificação da antiga cidade de Pingyin, que até então era conhecida apenas por registros históricos. A escavação revelou parte de sua muralha ocidental e portões fortificados, confirmando sua importância estratégica nos conflitos entre Qi e os Três Estados de Jin. A Grande Muralha da China, uma das Novas Sete Maravilhas do Mundo, continua sendo um símbolo cultural e histórico, atraindo milhões de visitantes todos os anos.