Peter Joseph, mais conhecido por suas pinturas minimalistas frequentemente com quadrados e retângulos, morreu aos 91 anos. De acordo com a Lisson Gallery, que representou Joseph durante grande parte de sua carreira, disse que o artista morreu de complicações relacionadas a uma fratura no quadril.
Nascido em Londres em 1929, Joseph estudou arte em Florença, Itália, e foi muito influenciado pelas obras-primas renascentistas que encontrou por lá. Ele teve uma breve passagem como pintor figurativo, mas, inspirado por Ellsworth Kelly, Donald Judd e Mark Rothko, começou a nutrir seu interesse por geometria, cor e espaço, e alguns de seus primeiros trabalhos apresentavam elegantes peças de diferentes formas e matizes.
Joseph começou a expor seu trabalho em Londres na década de 1960 em locais como Lisson Gallery, Marlborough Fine Art, Camden Arts Centre e Signals Gallery e, na década seguinte, começou a ascender no mundo da arte internacional.
Nos anos seguintes, Joseph criou pinturas que serviram como experimentos contemplativos com forma e cor. Na década de 1970, sua obra foi exibida na oitava Bienal de São Paulo, na Galeria Hayward e na Royal Academy of Arts em Londres, Galerie Nancy Gillespie — Elisabeth De Laage em Paris, e em outros lugares. Uma vez ele disse: “Uma pintura deve gerar sentimento, senão está morta.”
Os trabalhos de Joseph nos últimos anos se afastaram deste formato inicial. Suas peças da última década tomaram uma abordagem mais lírica da abstração, brincando com pesos de pinceladas e explorando o que acontece quando formas assimétricas são colocadas umas sobre as outras. O artista viveu e trabalhou em Gloucestershire, Reino Unido, em seus últimos anos, e apresentou trabalhos no Museu de Arte Contemporânea de Chicago, no Museu de Arte Moderna Oxford, na Fundação Serralves em Portugal, no Stadtische Kunsthalle Düsseldorf, na Alemanha, e em outras instituições internacionais.
Em um comunicado, o fundador da Galeria Lisson, Nicholas Logsdail, amigo de longa data de Joseph, disse: “Lamento com grande tristeza a perda deste pintor maravilhosamente original. Ele foi um dos primeiros artistas que mostrei na Lisson Gallery e até agora, o mais antigo. Era um grande poeta visual que certamente agora será descoberto pela magnitude de sua realização, como um grande mestre de cor, luz, espaço, proporções, o primeiro plano, o fundo e o misterioso espaço intermediário no meio.”
FONTE: ARTnews