A artista Adriana Varejão usou suas redes sociais no último fim de semana para expressar publicamente seu descontentamento com a Cassia Bomeny Galeria, sediada no Rio de Janeiro. Em uma série de stories no Instagram, a artista afirmou que a galeria estaria vendendo obras de sua autoria por valores significativamente acima do preço original — segundo ela, até três vezes mais caros.
As publicações, que rapidamente repercutiram no meio artístico, foram posteriormente apagadas por Varejão. Causou surpresa que a artista quisesse monopolizar as vendas desta obra, já que as postagens direcionavam os interessados a comprarem diretamente de seu estúdio, informando que ainda estavam disponíveis 400 exemplares de uma edição de 1000. Vale notar que obras da artista estavam sendo vendidas por valores muito acima dos originais em diversos estandes da feira — como é esperado, tratando-se de uma artista de renome, cujas obras são desejadas por colecionadores do mundo todo.
Até o momento, a galeria Cassia Bomeny não se pronunciou oficialmente sobre o caso. A artista também não voltou a comentar o assunto. Ainda que pontual, a situação revela as tensões que podem emergir entre a valorização comercial da obra e o controle autoral de sua circulação — temas cada vez mais debatidos no circuito da arte contemporânea.