Lívio Abramo (Araraquara / SP, 1903 – Assunção / Paraguai, 1992).
Interessava-se por Comunismo, Trotskismo e Socialismo. Nesse época colaborava fazendo ilustrações para tablóides sindicalistas. Depois foi expulso do Partido Comunista acusado de trotskismo.
Só foi reconhecido artisticamente quando suas xilogravuras alcançaram uma riqueza impressionante de detalhes precisos.
Ganhou diversos prêmios como o de Viagem ao Exterior do Salão Nacional de Belas Artes, em 1950, o 1º Prêmio de Gravura da 2ª Bienal de São Paulo, em 1953 e algumas honrarias como a ordem do Rio Branco.
Lívio possuia uma personalidade forte, uma integridade inabalada e inteligência abrangente. Produziu gravuras, desenhos, charges, design de objetos, textos críticos, aulas e curadoria de exposições.
Em 1931, foi contratado pelo jornal Diário da Noite, para fazer desenhos comentando os principais acontecimentos do dia (suas charges).
Teve a honra de participar das transformações culturais não somente de seu país, como também do Paraguai. Passou metade de sua vida no Brasil e a outra metade no Paraguai.
Na década de 50 foi convidado para integrar a Missão Cultural Brasil Paraguai; participou da Fundação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Paraguai e fundou o Estúdio de Gravura, que segundo sua irmã Lélia Abramo foi uma de suas mais importantes realizações.
Teve contato com diversos artistas renomados como: Oswaldo Goeldi, Marcelo Grassmann, Fayga Ostrower, Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral, Lasar Segall, Portinari, Bruno Giorgi, entre outros importantes artistas.