Gilvan Samico (Recife1928 – 2013) é um dos grandes nomes da gravura brasileira, especialmente conhecido por suas xilogravuras. Pintor autodidata, começou a frequentar a Sociedade de Arte Moderna do Recife em 1948 e em 1952, funda o Ateliê Coletivo da Sociedade, junto com outros artistas. Estudou xilogravura com Lívio Abramo em 1957, na escola do MAM SP e em 1958 muda para o Rio de Janeiro, onde se aprimora na técnica da gravura como aluno de Oswaldo Goeldi na Escola Nacional de Belas Artes. Volta para Pernambuco em 1965, estabelecendo-se em Olinda e lecionando na Universidade Federal da Paraíba. Vence o prêmio do Salão Nacional de Arte Moderna em 1968 e fica dois anos na Europa, depois se estabelecendo em Recife, onde ficaria até o fim da vida.
Sua obra é marcada pela tradição nordestina e permeada de elementos do folclore e umbanda. A estética do cordel é sua principal assinatura. Samico ficou conhecido pela precisão e presteza com a qual realizava suas gravuras, apenas uma por ano, sempre com a mesma tiragem de 120 mais prova do artista. Foi tema de matéria na 4ª edição da Dasartes (abril/maio 2009)