Vania Toledo | O Terceiro Olhar

A Galeria Base abre a Exposição O Terceiro Olhar, uma homenagem à artista Vania Toledo, falecida recentemente em 2020. A mostra homônima foi apresentada em 2001 na Pinacoteca do Estado de SP, com textos de Antonio Bivar (in memoriam), Emanoel Araújo (in memoriam) e Diógenes Moura. A Galeria Base tem o prazer de reeditar a citada exposição, tal qual a vontade da artista, segundo seu filho Juliano Toledo. Ao todo são 22 fotografias. A abertura será no dia 3 de agosto, sábado, das 12 às 15h, ficando em cartaz até 31 do mesmo mês.

No dizer do escritor e dramaturgo Antonio Bivar, amigo íntimo de Vania “Esta exposição é diferente de tudo que Vania Toledo já fez, mas absolutamente pertinente com tudo que ela tem feito, como artista e experimentalista, em sua carreira de fotógrafa.” E acrescenta “Dos seus trabalhos, estes é um dos mais originais.

Pela primeira vez, em quase uma década de existência da galeria, uma individual será apresentada exclusivamente no andar superior do espaço, “o que se justifica pela potência e diálogos viscerais entre as obras”, afirma Daniel Maranhão, Diretor da Galeria.

É um imenso prazer poder realizar tal mostra, algo só possível pela convergência de interesses entre a família da artista, a galeria e o conceituado escritor Diógenes Moura, comemora Maranhão.

No texto de Diógenes, ele narra os muitos encontros que teve com a artista, cujas conversas culminaram na ideia de executar a série “O Terceiro Olhar”, vejamos, “Ela tudo olhou, sorriu com certeza, colocou os pesos sobre os papéis e, outra vez, o inesperado: seus pesos e leveza, as sombras, os contornos iluminados, as cores e transparências de um mundo suspirando dentro dos vidros pareciam terem sido pensados um para o outro. Como nos casos de amor que apenas a fotografia é capaz de imortalizar”

Já segundo Emanoel Araújo, igualmente muito ligado a Vania e então Diretor da Pinacoteca, durante a exposição ora em comento, “Linda ideia de ver unido o mundo de Vania ao mundo da Pinacoteca, através dos seus pesos de papel, alguns venezianos, outros franceses, possivelmente outros brasileiros. Não importa. Vania Toledo é Vania Toledo. E assim o tenho dito.”

Texto Crítico: Antonio Bivar, Diógenes Moura e Emanoel Araújo

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