Queer/in/g Nature é uma exposição coletiva de artistas LGBTQ+ do SEAS – The Socially Engaged Art Salon, grupo que existe há 10 anos com curadoria do seu diretor criativo Gil Mualem-Doron. A exposição retrata negociações provocativas com o mundo natural, com os conceitos ocidentais e heteronormativos de “natureza” ou “o natural” e a crise ambiental. A exibição foi originalmente montada no The LGBTQ+ Ledward Center como parte do Brighton Festival, no Reino Unido, antes de ser convidada pela curadora Fernanda Lago para ser apresentada no Espaço 8, em São Paulo.
A exposição inclui fotografia, curtas-metragens, arte digital, documentação de intervenções queer no campo e uma instalação imersiva em grande escala. Os artistas participantes não aderem à dicotomia da Natureza/Artificial e evitam ideias heteronormativas das identidades LGBTQ+ como artificiais e estranhas ao mundo natural. Alguns dos trabalhos da exposição criticam a quantificação e padronização ocidentais de órgãos e padrões de embelezamento, o que historicamente levou à mercantilização e até mesmo a genocídios.
No campo, muitas vezes um lugar estranho para pessoas queer e BPOC (black and people of color), corpos e cultura são usados aqui em um ato de reclamação para escapar de identidades prescritas e códigos aceitáveis de comportamento. Os artistas desta exposição utilizam catalogação, documentação, rituais e intervenções para destacar a estranheza da Natureza.
Artistas participantes: Amber Akaunu e Elliss Eyo-Thompson, Brody Mace-Hopkins e Raechel Teitelbaum, Gil Mualem-Doron com Lya Abdou Issa (BlkDimond) e Liam King (7kid) e Soma Taylor-Patel (8SZN), Luc(e) Raesmith, Ludo Foster, Omer Ga’ash, Sarah Connell, Simon Olmetti, Tayo Adekunle, Joseph Cabey, Anthony Edwards.