Teimosia Amazônida | Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica

Denilson Baniwa, Polinização invisivel, 2022

O vínculo entre natureza, bicho e homem é o tema da nova exposição do Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica, na Praça Tiradentes. “Teimosia Amazônida”, do artista Denilson Baniwa, chega neste sábado (19), a partir das 15h, no mezanino do último andar do equipamento da Secretaria Municipal de Cultura. Na abertura, participação especial do “Pé Cultural”, uma roda de conversa com a professora e ativista da Aldeia Maraka’nã Luciana Tupinambá e o expositor. A entrada é gratuita, de segunda a sábado, das 10h às 18h, mediante comprovante de vacinação, e fica em cartaz até 23 de abril.

A mostra reúne obras inéditas que representam a resistência amazônica e a relação do tempo com a natureza e a presença do ser humano. Entre elas, três telas retratam a ligação dos bichos e as mudanças do clima: o sapo-aru que canta antes de esfriar, a lagarta que quando aparece indica tempo quente, e a centopéia na época de chuva. As técnicas das pinturas são mistas em acrílico, pigmentos naturais e giz pastel.

Em 2019, Denilson esteve com a exposição “O Agro não é Pop” em cartaz no centro cultural. Dessa parceria, foi doado para o espaço a tela “Mural Lambe Lambe Terra Índigena”, que participou da Bienal de Sidney Nirin, em 2020.

“Esse foi um dos primeiros lugares que me acolheu no Rio enquanto artista e, voltar aqui para contar sobre a região onde nasci, é também falar da minha vida e celebrar a resistência do meu povo. Todos os trabalhos da série falam sobre a relação entre natureza, ser humano e bicho. Um é importante para a sobrevivência do outro quando em equilibrio.”, afirma Denilson Baniwa, que nasceu na aldeia Darí, no Rio Negro, Amazonas, e atualmente mora em Niterói, região metropolitana do Rio.

Segundo César Oiticica Filho, diretor artístico do espaço, a intenção é seguir um eixo curatorial focado na diversidade e que dialogue com a arte genuinamente brasileira.

“Essa exposição invoca uma ancestralidade que precisa ser apresentada como modo de quebrar a hegemonia colonialista”, diz.

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