A Galeria Itinera Arte abre no Centro do Rio de Janeiro a exposição coletiva Reluz Neblina.
Entre o visível e o que apenas se insinua, a nova exposição da Itinera Arte convida o público a uma travessia sensível pela abstração como experiência do tempo — um tempo expandido, suspenso, onde o olhar se demora. Em meio à velocidade e à dispersão que marcam o presente, as obras reunidas em Reluz Neblina — título tomado emprestado da canção “Trem das Cores”, de Caetano Veloso — propõem zonas de pausa, onde a percepção se alarga e o olhar encontra, no intervalo, não o vazio, mas uma presença expandida.
Com curadoria de Thiago Fernandes, a mostra reúne os artistas Giulia Maria Reis (Rio de Janeiro), Guilherme Santos da Silva (Rio de Janeiro), Julia Pereira (São Paulo), Letitia Quesenberry (Louisville, EUA), Suzana Queiroga (Rio de Janeiro / Lisboa, PT) e Vinícius Carvas (Rio de Janeiro).
Com esse grupo heterogêneo de artistas e poéticas, a exposição faz da pausa sua matéria-prima. É nela que a cor se converte em duração, que a luz se dobra em silêncio, que o gesto se aproxima da contemplação. Reluz Neblina nomeia esse estado rarefeito — feito de brilhos tênues, aparições esmaecidas e presenças sutis — em que cor e forma não gritam, apenas respiram.


