Reitchel Komch | Centro Cultural Correios RJ

Individual da artista Reitchel Komch propõe questionamentos acerca da diáspora africana no Brasil e da matriz negra

Em “Igbá Odù: Os braços fortes da Memória”, Reitchel Komch instiga o espectador com suas narrativas da diáspora africana no Brasil, bem como utopias de superação de um processo social historicamente nocivo à matriz negra de nossa formação. A abertura será no dia 22 de janeiro, a partir das 16h, no Centro Cultural Correios, no Centro.

Deuses, mitos e lendas em torno do tempo (Iroko), rondando os lugares laconicamente reticentes sobre

sua própria ancestralidade, conduzem a artista na busca de autoconhecimento, representatividade e redefinição de seu lugar social, rompendo paradigmas e reestruturando sua psique. O Tempo (Orixá) é libertário, agente do destino que entrega relatos da diáspora negra, possibilitando resgates emocionais através da volta às origens.

Segundo a artista, trata-se de uma visão da arte, em cujas pinturas, esculturas, tótens, portais, simbolizam uma progressão espiritual do mundo físico. Utilizando cabaças, fios têxteis (a juta, o algodão, o linho), hastes de ferro, eu me questiono: onde estão as nossas vozes?

Variando dos pequenos aos grandes formatos ela apresenta esculturas e pinturas, manipulando a equação “representação na arte para gerar representatividade civil”. São, do fim ao início, movimentos de subjetivação da luta identitária por inclusão e igualdade, marcadores não apenas de sua expressão política enquanto artista negra, bem como redefinição do lugar público de todos os brasileiros de ascendência comum.

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