Rafael da Escóssia | Museu Nacional da República

No dia 17 de setembro, a partir das 19h, o Museu Nacional da República inaugura a mostra Garotão de prata e regatinha sobre rosa choque, uma série de pinturas realizadas pelo artista visual Rafael de Escóssia em parceria com 24 artistas do Distrito Federal. Com curadoria de Ralph Gehre, que também participou em alguns trabalhos como pintor, a exposição questiona e subverte questões formais da arte. No dia da abertura, artista e curador realizam uma visita guiada à mostra e será realizado um happening, com artistas e a participação do público. Ao longo do período da exposição, serão realizadas visitas mediadas e o artista ministrará uma oficina sobre a performance da palavra e a parceria artística como forma de criação em arte contemporânea. Em exibição até o dia 3 de novembro, na Galeria 3 do Museu Nacional da República. A visitação é de terça a domingo, das 9h às 18h30.  A mostra “Garotão de prata e regatinha sobre rosa choque” é realizada com o patrocínio do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC-DF) e tem o apoio do Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da Universidade de Brasília (PPGAV-UnB).

Artista visual e advogado, Rafael da Escóssia investiga a natureza da pintura e a performance da palavra a partir de parcerias com 24 artistas. A mostra aborda a natureza da pintura, a performance da palavra e a parceria artística como forma de criação em arte contemporânea. As pinturas criticam as instituições e têm em comum palavras pretas sobre fundo cor-de-rosa. O artista afirma que a ação como elemento significativo da obra sempre esteve presente em sua produção. “E isso, em grande medida, segue pautando minha criação. Esta mostra, no entanto, evidencia meu crescente interesse pela pintura, que é essa linguagem canônica das Artes Visuais sobre a qual venho me debruçando com mais atenção e afinco desde o ano passado principalmente”, comenta Rafael. E completa: “A exposição pode ser vista como um grande texto pictórico-instalativo repleto de deboche, humor e ironia”.

Das 29 obras presentes na mostra, apenas duas delas são assinadas exclusivamente pelo artista. A decisão a respeito de como as obras seriam realizadas foi tomada caso a caso, considerando a dinâmica relacional com cada artista, os interesses poéticos envolvidos e a disponibilidade para a realização dos trabalhos. “De algumas das obras colaborativas eu não participei diretamente da realização material; em outras, estive diretamente envolvido na sua execução. Em todos os casos, no entanto, o protocolo rígido da exposição determinado por mim (palavras pretas sobre fundo cor-de-rosa) foi o mote conceitual para a realização das pinturas, que, de forma geral, lançam perguntas e críticas ao sistema de arte e seus agentes. As palavras pintadas foram escolhidas em comum acordo com as/os artistas parceiras/os”, conclui o artista.

Em seu texto curatorial, Ralph Gehre afirma: “Essa forma de trabalho, que justifica a denominação desta como uma exposição de pinturas, submete as qualidades formais alcançadas no longo histórico dessa prática, subvertendo os critérios acadêmicos de harmonia, equilíbrio, eloquência e autoria. Temos aqui trabalhos de mais de vinte artistas, sempre assinados a quatro mãos, formando pares de pensamentos concatenados”.

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