PEDRO AFONSO SILVA E RODRIGO BARRALES | GALERIA DEZOITO

A Galeria Dezoito inaugura, pela primeira vez simultaneamente, duas exposições individuais, dos artistas Pedro Afonso Silva e Rodrigo Barrales

Será possível visitar a Galeria Dezoito e conferir as mostras individuais Ao nível do mar do artista Pedro Afonso Silva e Destinos distintos do artista Rodrigo Barrales, em um novo formato onde a galeria estará dividida ao meio.

Do lado direito da galeria, o artista português Pedro Afonso Silva, designer gráfico de formação, que tem como pesquisa artística o sketch e o desenho espontâneo, utiliza-se dessas ferramentas para criar uma série de obras dedicadas ao mar, e as memórias das nossas relações com os objetos que o envolvem.

“Vemos com o que sabemos ou sabemos com aquilo que vemos?” Pedro Afonso Silva.

Parte da discussão, proposta nas obras, vem da nossa compreensão intelectual de que a terra é esférica, batendo de frente com a figura visualmente plana que é o mar, em paralelo com os desenhos bidimensionais, sem volumetria e em cores chapadas, expostos sobre suportes tridimensionais, que perpassam o canvas e o papel em caixas e dobraduras.

Do lado esquerdo da galeria, Rodrigo Barrales, propõe uma reflexão sobre a vida utilizando a linha como ponto focal. Em uma metáfora para o destino que tece a trama entre os seus personagens, o artista representa a linha de muitas formas, desde o traço da caneta à linha de costura, inclusive propondo uma continuidade do traçado discutindo como nosso destino pode ter diferentes caminhos.

“Podemos dizer que a vida corre por um fio, que as tramas de todos os nossos encontros estão cruzadas. Podemos afirmar que ninguém está aqui neste exato momento sem ter um significado, sem ter um porquê.” Rodrigo Barrales.

Barrales nos apresenta silhuetas de personagens com feições simples, e por vezes sem rosto, abertas à interpretação e ao afetivo de cada um. Estas figuras familiares são atemporais e ao mesmo tempo, comuns: mães, irmãos, primos, tias. O artista transforma essas pessoas do nosso cotidiano em elementos amplos, e ao mesmo tempo, tão específicos para cada um, representando a ancestralidade da vida contemporânea.

Apesar de dividirem o espaço da galeria, as mostras são completamente independentes uma da outra. É um formato diferente de exposição em que, ao olhar para os diferentes lados, o espectador pode enxergar diferentes trabalhos e propostas, e quem sabe, encontrar entre elas seu próprio paralelo.

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