Nascida e criada entre Nova Lima e Belo Horizonte, a artista minastenista Myrthes Figueiredo conviveu, desde sempre, com a natureza. Pomares, quintais e jardins das casas mineiras fundamentaram a profunda conexão da artista com a natureza. Suas observações são tema da exposição “Miragem Botânica”, que estreia na Galeria de Arte do Minas II em 4 de novembro e tem curadoria de Celina Lage.
As obras de Myrthes Figueiredo oferecem um convite para que os visitantes da exposição transcendam o olhar cotidiano e percebam a natureza como uma fonte inesgotável de inspiração e encantamento. Nesta exposição, Myrthes Figueiredo apresenta duas séries de obras produzidas entre 2020 e 2024 que dialogam com a natureza em suas diversas facetas. A primeira série, intitulada Pindorama, emerge como uma celebração do quintal como espaço de memória e imaginação. Aqui, ela explora elementos naturais cotidianos, como coqueiros e bananeiras, transfigurando-os em formas verossímeis que compõem um oásis particular, único e pessoal. Essa série convida o espectador a refletir sobre a natureza ao seu redor, percebendo-a como um refúgio repleto de significados e sensações.
Por outro lado, a série Exotismo Floral nos transporta para as profundezas de uma floresta tropical, um espaço onde a realidade se entrelaça com a fantasia. Neste jardim paradisíaco secreto, ela explora uma explosão de cores, perfumes e texturas, criando um universo onde as fronteiras entre o real e o imaginário se tornam difusas. As flores e plantas representadas nesta série são uma mistura de espécies reais com outras oriundas da imaginação da artista, evidenciando que a exposição não busca ser um estudo botânico, mas sim uma exploração artística e sensorial.