Miriam Nigri Schreier | Pinacoteca Benedicto Calixto

São mais de trinta anos de atividade profissional. Mas Miriam Nigri Schreier continua em plena atividade criativa, e com a mesma energia da juventude.

A mostra apresenta um instigante conjunto de trinta e três trabalhos, metade deles produzidos nos três últimos anos. Estão reunidos sob o sugestivo título “Cidades imaginárias”, revelador da temática urbana que perpassa toda a obra recente da artista. A curadoria é de Carlos Zibel e Antônio Carlos Cavalcanti.

Ao longo do tempo Miriam Nigri Schreier sempre pôde exibir seu trabalho. A partir de 1986 ela vem construindo um impressionante currículo de dezenas de exposições individuais e coletivas, realizadas não apenas no Brasil mas também no Exterior. Já levou sua arte a cidades da América Latina (La Paz, Cuzco, Cidade do México), da Europa (Amsterdã, Budapeste, Roma, Cannes, Paris) e Estados Unidos. Por suas participações em salões de arte, recebeu diversas medalhas (de ouro, prata, bronze) e menções honrosas.

Neste nova exposição individual, “Cidades imaginárias”, Miriam Nigri Schreier inclui também algumas poucas gravuras em metal e pinturas sobre papel, do período 2013 e 2014. São trabalhos que fazem contraponto com as telas de produção mais recente, em maioria na mostra, e permitem ao espectador acompanhar a evolução de sua linguagem e as mudança técnicas, que tiveram início em 2012.
Nas palavras da artista, “meu atual trabalho é desenvolvido através da construção e desconstrução de imagens”. E acrescenta: “este conjunto de novas obras nasce de uma revisão de minha própria pintura, onde as imagens estão mudando e resultando em outras imagens, que às vezes aparecem como cidades ilusórias, imaginárias e estilizadas”.

Trecho do texto dos curadores Carlos Zibel e Antônio Carlos Cavalcanti para o catálogo da exposição:
“Com Cidades imaginárias Miriam Nigri Schreier atinge plena maturidade profissional nas artes plásticas. A presente mostra na Pinacoteca Benedito Calixto traz uma seleção de obras que vão de 2011 até 2019 num leque de oito anos que mostra um pouco da mudança técnica havida no final de 2012. Nessa época Miriam acrescenta ao seu repertório expressivo o uso, na tela esticada sobre chassis, da impressão digital (com tonalidade rebaixada, alto-contraste ou solarização) através da inserção de fragmentos de obras anteriores sobre os quais a artista interfere pictoricamente em busca da expressão poética de belíssimas cidades imaginárias.”

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