A exposição itinerante Meu lugar, realizada pelo Museu de Arte do Rio com patrocínio da Enel Distribuição, chega a sua terceira parada em Guapimirim. A mostra que iniciou em setembro, e já passou pelas cidades de São Gonçalo e Duque de Caxias, tem a proposta de fazer o público pensar os sentidos do habitar no estado do Rio de Janeiro, trazendo obras que tratam sobre as moradias populares, seus problemas ao longo da história e as soluções criativas adotadas no dia a dia pelos moradores. A próxima cidade a completar a itinerância será Campos dos Goytacazes, em janeiro de 2024.
“Meu lugar” conta com mais de 90 obras de cerca de 40 artistas. O ponto de partida para a exposição é o dado de que apenas 15% das moradias no Brasil são construídas por arquitetos ou engenheiros. A maioria das habitações no país são erguidas pelos próprios moradores. “O público tem se identificado bastante com a mostra. Eu gosto de andar no meio dos visitantes, prestando atenção nas conversas, e os comentários que mais ouço são: isso lembra a casa da minha avó, lembrei da minha casa, parece minha mãe…Também é muito emocionante ver pessoas que estão indo pela primeira vez a uma exposição, sabendo que o que tornou isso possível foi a itinerância, foi o fato de o museu ter ido até elas”, destaca Thiago Fernandes, curador da exposição. A mostra será marcada por uma ampla programação com atividades gratuitas aos finais de semana.
O Museu de Arte do Rio reconhece que as populações socialmente vulneráveis devem ter direito à energia, água, saneamento básico e outros serviços fundamentais para sua sobrevivência e para que não sejam recorrentes as práticas que reverberam em riscos ecológicos e sanitários. “Ampliar o Museu para outras cidades é uma maneira de descentralizar o acesso à cultura e ainda proporcionar às pessoas uma experiência diferenciada. ‘Meu Lugar’ possibilita um olhar documental sobre a maneira de viver de milhares de brasileiros. Dessa maneira, a parceria firmada com a Enel reforça a missão do MAR de apresentar narrativas de uma perspectiva diversa e democrática”, afirma Leonardo Barchini, Diretor e Chefe da Representação da OEI no Brasil.
