Maat: ordem e equilíbrio no Egito Antigo | Museu Egípcio

O símbolo da ordem, do equilíbrio e da justiça está representado na nova exposição do Museu Egípcio e Rosacruz Tutankhamon que revela o modo como os egípcios entendiam o funcionamento do mundo, pois, para eles, dependia diretamente da deusa Maat.

Por Emanuelle Spack

 

Egito: um país para além de se ver… sobretudo senti-lo. E Curitiba oferece algo para se viver uma experiência inesquecível! Estamos falando sobre o Complexo Egípcio da Ordem Rosacruz, AMORC. Está aberta a XVII Exposição de Longa Duração no Museu Egípcio e Rosacruz Tutankhamon que apresenta ao público o tema “Maat: ordem e equilíbrio no Egito Antigo” com a exibição de 150 peças que levam o visitante a entender a importância de Maat para os egípcios, além de alguns objetos que estão sendo expostos pela primeira vez, como as estátuas do faraó Tothmés III e da deusa Sekhmet.

Não há como compreender a sociedade egípcia antiga sem o conceito de ordem, verdade, justiça e equilíbrio. Estes eram personificados pela deusa Maat, filha do deus criador do mundo, Rá. Assim, a ideia é que quando o demiurgo passou a criar o mundo, este não poderia ocorrer sem Maat que também pode ser compreendida como a ordenação cósmica. “Pela sua importância na sociedade egípcia, Maat foi sempre citada nas nossas exposições e dessa vez decidimos organizar uma dedicada especificamente a esta deusa”, explica Vivian Tedardi, Supervisora Cultural da Ordem Rosacruz em Curitiba.

 

Em destaque nesta mostra está uma peça que é muito querida do público e que não era exposta a algum tempo: o busto da rainha Nefertiti, cujo original está no Museu de Berlim. Nefertiti foi esposa do faraó Akhenaton e sua imagem é um ícone do Egito Antigo. Vivian destaca que sua relação com a exposição é a de que as grandes esposas reais ajudavam seus maridos na manutenção da Ordem, desempenhando um importante papel junto da representação da monarquia egípcia.

A novidade desta mostra foi a produção de vídeos explicativos específicos. “Na sala 1A temos um que apresenta a deusa Maat e suas formas. Na sala 3 há dois vídeos: um relacionado ao Conto do Camponês Eloquente, sobre a importância de uma vida correta para a manutenção da ordem e da justiça e outro associado ao Livro dos Portões e a relação com Maat”, conta Vivian explicando que, no contexto do novo tema, a visita monitorada para escolas tem um roteiro que segue a organização temática da mostra, “nesse sentido os alunos vão aprender sobre o significado da deusa, a função dos faraós, a natureza e organização social, assim como a concepção de vida-além túmulo dos egípcios antigos”.

 

Responsável pelo Museu Egípcio, o historiador Ewerson Thiago da Silva Dubiela esclarece que, nesta exposição de longa duração, o visitante tem a oportunidade de conhecer Maat. “Sendo uma deusa e ao mesmo tempo um conceito, tivemos a oportunidade de trabalhar com o tangível para o egípcio antigo, ou seja, aquilo que podia ser observado e tocado, como os relevos, estátuas e amuletos; e ainda o intangível, que trata do conceito e da ideia do que era Maat e como ela deveria ser sentida e vivenciada todos os dias pelo povo do Nilo. Com essa exposição que mescla estes dois elementos, queremos que os visitantes se relacionem com o Egito Antigo por meio desse conceito fundamental.” E Vivian Tedardi complementa: “Quando falamos sobre os deuses egípcios poucos conhecem Maat. Essa exposição do Museu Egípcio permite que o visitante se familiarize com a deusa e reflita sobre sua importância, afinal a deusa reflete um conceito fundamental para a existência do mundo tal como os egípcios o concebiam.”

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