Luiz Pizarro | Paço Imperial

Luiz Pizarro apresenta obras recentes inéditas, abrindo espaço para a representação do Cosmos e questionando o homem como centro do universo

Nos trabalhos mostrados por Luiz Pizarro na individual que abre no Paço Imperial, há uma notória preocupação do artista em expressar uma visão holística sobre os elementos, tirando a figura humana do centro das atenções para dar lugar ao todo, quer seja a natureza, a organicidade ou a harmonia universal. É disso que se trata Metapaisagens, que ocupa uma sala de 300m² com 18 telas de grandes formatos (medindo de 1,70m a 2,25m), produzidas entre o início de 2022 e 2023 em tinta acrílica, tendo as cores como elemento fundamental, uma forte característica em suas obras. No fundo do espaço, será apresentado o “Cubo Mágico”, – ou “Cubo dos Desejos” -, onde cada visitante é convidado a escolher uma cor nos novelos disponíveis, perpassando o total das letras do seu nome por pontos dentro da instalação interativa, “mentalizando desejos”. A figura geométrica também se faz presente em cubos brancos nas próprias telas, chamados por Pizarro de cubos de cristal.   Esta é sua quarta mostra no Paço Imperial, onde já expôs, além de pinturas, gravuras e trabalhos em parafina.

“Estes trabalhos foram formulados em cima do conceito da colaboração, da interligação dos elementos. Já trabalhei muito a figura humana, desde o início da minha carreira. Desta vez, quis tirar isso das telas. Nossa contemporaneidade foi gerando uma centralidade que acabou sendo egocêntrica e egóica. Em ‘Metapaisagens’, o planeta Terra está representado por uma bola repleta de pontinhos que são a nossa imagem. Não somos mais do que pequenos pontinhos nesse planeta, planeta esse que também está inserido nesse espaço cósmico e sideral que, metaforicamente, é a tela como um todo, com plantas e flores, em um espaço aberto, o Cosmos”, diz Pizarro.

 

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