A exposição Loio-Pérsio – Poética da imagem reúne uma seleção representativa da primeira etapa do projeto de catalogação da obra do artista Loio-Pérsio Navarro Vieira Magalhães [1927–2004]. A mostra compõem 111 pinturas, desenhos e estudos produzidos desde a década de 1950 até o início dos anos 2000.
Diferentes nuances, tendências e trajetórias são percorridas pelo artista revelando ao grande público o que lhe parece mais essencial: a sua liberdade criativa, a alma de viajante, a pluralidade de sua obra.
A pesquisa apresenta um mapeamento do movimento poético de Loio-Pérsio com base em sua experiência no abstracionismo brasileiro, cujo auge foi a década de 1950. Nessa trajetória pode-se perceber a prática do desenho figurativo ao realismo crítico, seguindo para as primeiras experiências com a pintura abstrata a partir de 1957 (trabalhos “biomórficos”), chegando à sua abordagem do informalismo, às pinturas-colagem e superfícies com incisões e queimados, e encerrando com os “esgrafitos” – os grafismos e situações “quase-geométricas”.
Segundo o curador da mostra Luiz Eduardo Meira, “persistência, ressurgência e autoafirmação se constituem em toda obra de Loio. Nos quatro últimos anos de sua vida, Loio-Pérsio produziu não só diversos trabalhos e cerca de 150 estudos que esclarecem e resumem o percurso de sua pintura, como também muitas páginas manuscritas, nas quais buscou sintetizar seus pontos de vista sobre a arte”.