“Eu vim de lá” é a primeira individual do jovem artista de 20 anos, do complexo do Chapadão, um dos locais mais violentos do Rio de Janeiro. Jota é apoiado pelo MT Projetos de Arte, uma plataforma que busca incluir artistas que são de fora do eixo tradicional das artes.
O título da mostra é emprestado da música do rapper Kyan.
As cenas retratadas transitam dos cultos evangélicos e preces com a mãe, Marilena, às diversões em bailes funk.
As pinturas de JOTA também flagram a pobreza, a violência e o racismo estrutural, revelados nas abordagens de policiais, na favela, e na Zona Sul, território que o pintor começa a frequentar com o sucesso nas artes.
O repertório do artista é alimentado pela complexidade carioca, que embaralha legalidade e ilicitude, violência e ternura, beleza e caos, amor e morte. Equilibrando em sua crônica visual tudo o que vê e experimenta, JOTA descortina uma realidade muito pouco conhecida do público das artes plásticas.