Jessica Lemos | Casa Fiat de Cultura

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Do rural para o urbano, das fotografias para o lambe-lambe. Foi a partir dessa confluência que a artista baiana Jessica Lemos reuniu os trabalhos que integram Como pisar suavemente na terra, nova exposição da Casa Fiat de Cultura.  Com sete obras, a artista produz uma narrativa sobre memórias afro-indígenas e apresenta rastros de sua infância familiar, experiências com o cultivo da mandioca, aspectos sagrados desse alimento, além de ressaltar o respeito pela natureza.

Em suas obras, Jessica Lemos elege o rural, representado por sua ancestralidade em fotografias e fotoperfomances; e o urbano, representado pelo que as periferias criaram enquanto expressão artística, com o pixo e o lambe-lambe. Dos dualismos investigados pela artista, é possível encontrar temáticas que fazem um embate à colonialidade e que remetem ao sertão e às suas memórias afetivas. Sua relação com a mandioca – alimento sagrado e importante para a cultura dos povos originários – carrega lembranças da infância e reverencia a transmissão de ensinamentos vindos de sua família. “Foi através do contato com a terra, com a agricultura familiar, dessa conexão ancestral vinda do sertão da Bahia que a mandioca chega a esta narrativa e se torna elemento central da exposição”, explica.

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