Isabel Becker | Lica Cecato | Lucio Salvatore | Martha Pagy Escritório de Arte

PRIVATE NEST DE ISABEL BECKER

ISABEL BECKER nos mostra 19 obras da Série PRIVATE NEST, iniciada em 2011, e nos envolve em uma narrativa em que os protagonistas são objetos agigantados e deslocados pelo olhar original da artista.

“Adentro o ninho com atenção aguçada, foco fragmentos, capturando em cada cena uma história oculta”, afirma Isabel.

As cores têm uma função relevante em sua obra. Sua força confere às imagens ares abstratos, dissolvendo a forma funcional dos objetos.

O resultado é um conjunto surpreendente de imagens que ganham potência como arte em seu belo estranhamento visual.

REFLEXOS E REFLEXÕES DE LICA CECATO

LICA CECATO exibe fotografias e pinturas na individual REFLEXOS e REFLEXÕES, com imagens, técnicas e materiais que traçam mapas geográficos-afetivos em sua produção.

As fotografias são de Veneza e surgem de uma questão levantada pela artista: “Será que Veneza foi planejada para ser múltiplas cidades em uma, que muda conforme a luz? As imagens, muitas vezes abstratas, que se formam nos canais, me atraem, me chamam, me fazem querer entrar por portas e janelas imaginárias, mergulhar num reflexo ou espelho (…) e me encontrar em outra dimensão.”

Nas pinturas Lica utiliza um papel do Nepal com técnica e pigmentos japoneses:

“Quanto à minha relação pessoal com um papel feito à mão há 50 anos, no alto de uma montanha nepalesa, posso dizer que, apesar de ter pintado e desenhado sobre eles, me sinto como uma observadora, à escuta do que esses papéis têm a me dizer, como se fosse minha missão a de lê-los, escrevê-los, decifrá-los. Usei a técnica de impressão em seda de quimonos, os Katagamis, do início do século passado, que encontrei na antiga cidade de Kyoto, num antiquário.”

COMBUSTIONI DE LUCIO SALVATORE

Cada obra da Série COMBUSTIONI é o resultado de uma performance em que LUCIO SALVATORE literalmente queima elementos da tradição da pintura _ pigmentos, óleos, mas também ferramentas como pincéis e pranchas; e fotografa em modo analógico a realidade do processo que, na impressão, ganha características pictóricas.

”Tinta torna-se paisagem não sendo paisagem, água não sendo água, pedra não sendo pedra e o ilusionismo pictórico é devolvido como uma fotografia da realidade. Diferentemente de pinturas tradicionais, as Combustões não são reproduções de situações, mas são as próprias situações que remetem à pintura e a sua trans-elementaridade”. (Fernando Cocchiarale)

“Queria criar um lugar que ficasse às margens entre pintura, arte conceitual e fotografia analógica, na época em que estava desaparecendo. Queria criar corpos espirituais, em cada obra um ritual de passagem, o momento em que a matéria em transe é algo que ainda não é…”

 

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