Hildebrando de Castro | Zipper Galeria

O artista Hildebrando de Castro realiza, a partir de 05 de abril, sua primeira exposição individual como artista representado pela Zipper Galeria. Em “Intersecção”, o artista reinterpreta a arquitetura de um dos maiores símbolos contemporâneos de Paris, o Centre Georges Pompidou. A mostra reúne sete pinturas em que o artista demonstra domínio da luz, da cor e do volume.

Hildebrando produz desde o final da década de 1970. Em sua trajetória, seu trabalho passou por muitas transformações. Em nenhuma delas, porém, o artista abriu mão do preciosismo da execução. O mesmo se mantém em “Intersecção”: em contraposição à despretensão, Hildebrando mira a minúcia e a disciplina técnica. “O artista compromete-se, em um mundo de precariedade, a oferecer-nos a opulência das cores e, em cada uma de suas composições visuais, a abrir uma porta majestosa para o espaço tridimensional”, resume Lara de @sampaforlife, pseudônimo da parisiense que assina o texto crítico da exposição, uma assídua frequentadora da biblioteca do Centre Georges Pompidou.

Produzidas entre 2019 e 2020, as pinturas foram elaboradas durante a pandemia da Covid 19. O artista empregou seu virtuosismo para representar as características arquitetônicas, os elementos de aço fundido, os pilares tubulares, os nós das treliças, e os pinos de aço polido do marco arquitetônico parisiense.

A nova série se insere na produção do artista como um desdobramento do abandono pelo artista dos retratos e paisagens. Por volta de 2010, Hildebrando passa a desenvolver trabalhos com representações nítidas e geométricas, produzidas a partir do registro fotográfico de fachadas repletas de janelas. A relação com o construtivismo – e suas vertentes – foi fortalecida a partir de então, o que ainda se mantém em “Intersecções”. Neste conjunto de trabalhos, Hildebrando ainda aposta na geometria e na ótica.

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