GRAÇA CRAIDY | GALERIA DO MERCADO PÚBLICO DE FLORIANÓPOLIS

A exposição Clarices, da artista visual gaúcha Graça Craidy, está sendo exibida na Galeria de Arte do Mercado Público de Florianópolis – Sala José Cipriano da Silva. A mostra homenageia a célebre escritora Clarice Lispector

A artista apresenta Clarice em diferentes situações e fases da vida. Entre as 19 obras dispostas na expografia a autora aparece em casa, trabalhando com a máquina de escrever no colo e o cigarro nos lábios; na Europa, dividida entre a vida conjugal com o marido diplomata e o desejo de autonomia; com um dos filhos bebê no colo; e com seu cão Ulisses, por exemplo.

Em seu trabalho de inspiração expressionista, Graça diz que busca “captar a alma, os sentimentos e os mistérios” de seus retratados – no caso de Clarice em pinturas de 1 m x 0,70, impressas em placas PS.

A artista criou a coleção Clarices para reforçar a importância literária da escritora e ajudar a popularizar ainda mais a obra dela, principalmente entre os jovens. “Acho que a exposição cumpre o objetivo de trazer para mais perto das pessoas aquela que, com seus estranhamentos e epifanias, é a maior escritora brasileira modernista. Embora Clarice Lispector tenha partido há 47 anos, sua prosa se faz muito necessária neste momento histórico de vazio existencial e valorização equivocada do aparente e do fútil”, diz Graça.

Nascida na Ucrânia em uma família que precisou fugir da perseguição aos judeus, Clarice chegou ainda bebê ao Brasil com os pais Pinkouss e Mania e as irmãs Tania e Elisa. A família morou brevemente em Maceió, depois em Recife, até se mudar para o Rio de Janeiro, onde Clarice se naturalizou brasileira no mesmo ano (1943) do lançamento do seu primeiro e premiado livro – Perto do Coração Selvagem -, dando início a uma carreira literária que impactou a crítica e arrebatou os leitores. Escritora nacional mais traduzida no mundo, ela morreu de câncer em 1977, aos 57 anos, na capital fluminense.

A mostra de Graça Craidy já foi vista em Porto Alegre, no Rio de Janeiro, em Niterói e em Brasília, em espaços culturais dos Correios; em São Paulo, na galeria do Conjunto Nacional; e agora na capital catarinense.

A entrada é franca.

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