Elen Braga | OMA Galeria

Natural da cidade de Caxias no estado do Maranhão, Elen Braga atualmente vive e trabalha em Bruxelas, tendo a performance como seu principal campo de pesquisa, a artista já possui uma proeminente carreira, participando de inúmeras exposições no Brasil e no exterior, a exemplo do Instituto Tomie Ohtake, Central Saint Matins, Bienal de Cerveira e mais recentemente no Centre Pompidou onde apresentou a obra “The plain/e”,  ao qual a artista construiu uma grande maquina que percorria e se apropriava do espaço, tendo seu pai como piloto dessa estranha maquina, surge o contexto familiar como uma estrutura implícita na criação de ficções e sonhos, Braga faz uma espécie de retorno ao seu eu onírico.

A presença do seu corpo em suas obras é algo constante e pertinente para sua poética, muitas vezes Elen explora seus próprios limites, dessa forma criando diferentes formas de narrativas, sua obra já demonstrou possuir tenções que denotam relações intrínsecas entre força e a capacidade do sujeito em lidar com a superação dos seus extremos.

Em “Um novo céu, uma nova terra” é apresentada uma instalação composta por vídeos, fotografias e objetos, onde o discurso é uma ideia do que seria esse novo céu e a nova terra descritos na revelação do apóstolo João, em seu penúltimo capítulo do livro do apocalipse (21: 1-27), porém Braga extrapola o sentido bíblico, dando forte enfase a memórias de tempos cujo o qual se questionava, o que era o céu, e para onde foi a terra caso quisesse uma nova?

Dentro dessa sua discussão não linear, a artista se apresenta como uma contadora de histórias, revelando imagens, músicas, e textos, que proporcionam uma liberdade para criar novas narrativas e sentidos para essa busca quase hipotética do que seria esse novo céu e uma nova terra. O espectador poderá vagar por uma ideia lúdica, e se permitir questionar como seria os seus planos.

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