A obra principal da mostra será uma instalação com centenas de peças, acompanhada de outras 10 esculturas
Por Emanuelle Spack
Você já se imaginou mergulhando em um mundo de imaginação e criatividade sem fim feitas com o vidro? Esse é o universo que a designer Désirée Sessegolo vai expor no Museu Municipal de Curitiba – MuMA (Portão Cultural), na Exposição Amazônia. A instalação principal terá centenas de folhas em diversos formatos e cores e será exibida sobre carvão como forma de chamar a atenção para as queimadas na Floresta Amazônica.
Uma Obra Fragmentada
Na abertura da mostra, uma das obras será fragmentada e passará a existir apenas em meio digital em uma galeria de NFTs – Non-Fungible Token, que em português significa token não fungível, no Marketplace OpenSea. “Os fragmentos da obra quebrada serão retrabalhados na criação de uma nova obra para a substituir a primeira”, conta a designer que explora a infinita capacidade de transformação do vidro em analogia ao meio ambiente.
Com obras inovadoras e impressionantes pelos detalhes que cada peça revela, esta será a oportunidade perfeita para o visitante se conectar com a arte e a inovação de forma intensa e profunda. De acordo com a curadora Edilene Guzzoni, essa mostra tem o intuito de proporcionar ao visitante uma imersão na dimensão ética da liberdade de criação artística e poética de Désirée Sessegolo que, “com sua técnica única na beleza do vidro, lamenta pelo desmatamento da floresta, pelas queimadas, pelas invasões das terras, pelos assassinatos dos que a defendem, entrando em defesa das culturas e terras”, esclarece a curadora.
Em 15 anos dedicados à arte em vidro, as folhas em vidro celular de Désirée foram exibidas em forma de esculturas, instalações, vitrais e painéis em diversas partes do mundo (Brasil, Itália, Bulgária, Reino Unido). Agora com uma mostra individual e com obras inéditas, Amazônia retorna para sua cidade natal como um exposição única e diferenciada para surpreender e encantar a todos.
Acessibilidade
A mostra acontecerá em um espaço expositivo equipado para receber pessoas que possuem dificuldades de locomoção, terá etiquetas para a identificação das obras em braile e intérprete de libras. As pessoas com problemas de visão poderão ter contato com algumas obras e perceber suas formas e texturas através do tato.
Esta será a chance de se surpreender ao mergulhar nesse universo incrível que a arte em vidro oferece e experimentar a combinação única entre arte e tecnologia com o vidro celular. Em Amazônia, cada peça é moldada e transformada em uma obra de arte única refletindo a diversidade e a riqueza da floresta brasileira.