Uma imersão no tempo sob a ótica de cinco artistas contemporâneos é o que propõe a exposição Contratempo, que tem estreia marcada para o dia 28 de fevereiro na Casa Museu Eva Klabin, localizada na Lagoa, Zona Sul do Rio de Janeiro.
A proposta da exposição vai além da simples contemplação artística. Em uma série de conversas mediadas pelo curador do projeto, Lucas Albuquerque, especialistas de áreas correlatas às artes, como física, geologia, história e filosofia, serão convidados a compartilhar suas percepções sobre o tempo junto aos artistas participantes da exposição.
Além dos encontros, o segundo andar da Casa Museu abrigará obras significativas da produção recente dos artistas participantes das discussões: André Griffo, Diambe, Leila Danziger, Gilson Plano e Vivian Caccuri.
O resultado desses diálogos será registrado em uma publicação colaborativa, a ser lançada ao término do projeto, compilando a transcrição das conversas, textos dos convidados e contribuições do público. O objetivo é aprofundar o entendimento dos quase 50 séculos de história que compõem o acervo da Casa Museu Eva Klabin.
O curador do projeto, Lucas Albuquerque, destaca a importância de repensar as narrativas do tempo em um mundo complexo e em constante transformação. “Frente a esse desafio, o programa Contratempo realiza uma fissura no percurso histórico conservado pela casa, convidando artistas e pensadores para abrir, ou mesmo inventar, outros tempos que formam o contemporâneo. Se hoje entendemos que a perspectiva de um tempo único e linear é uma ficção, projetos como esse repensam o lugar dos museus que conservam e escrevem tais narrativas”, explica.
Não há vagas de estacionamento nas imediações e a casa não dispõe de estacionamento próprio. A instituição recomenda transporte público ou por aplicativo. Os carros estacionados irregularmente estarão sujeitos a multas e reboque.