Já se foram cinco décadas desde que Alcione deixou São Luís rumo ao Rio de Janeiro e imortalizou a música que se tornou um hino: Não Deixe o Samba Morrer. De lá para cá, a Negra Voz do Amanhã já visitou mais de 30 países e ganhou alguns dos maiores prêmios que uma artista pode alcançar, a exemplo do Grammy Latino, na categoria Melhor Álbum. Em comemoração a estas e outras marcas, o Centro Cultural Vale Maranhão – espaço que integra o Instituto Cultural Vale – mergulhou na vida e obra de uma das maiores vozes brasileiras para a exposição Com Amor, Alcione, que homenageia os 50 anos de carreira da cantora.

Na primeira exposição dedicada à cantora no Brasil, o roteiro apresenta diferentes facetas da artista: a sambista que sobe as ladeiras do Morro de Mangueira, a amante do bolero que canta nos recantos chiques de São Paulo e a brincante que gira ao som das matracas do Bumba Meu Boi. A expografia reúne mais de 300 fotos do acervo de Alcione, figurinos emblemáticos de várias fases da Rainha do Brilho, discos e objetos pessoais.

O Maranhão está sempre presente, como nos mourões de Bumba Meu Boi, que, nas cores verde e rosa, remetem à escola de samba preferida da cantora, a Mangueira. Sua religiosidade também se manifesta na exposição, representada por um altar construído com base nos relatos sobre suas crenças. O público poderá interagir com a obra da artista por meio de uma jukebox exclusiva com sua trilha sonora completa e um karaokê, onde os visitantes poderão soltar a voz.