Uma das mais renomadas artistas visuais do Rio Grande do Sul, Clara Pechansky reúne ex-alunos de seu atelier na exposição “Cinco olhares, cinco caminhos”.
Aos 88 anos e dona de uma carreira profissional iniciada como ilustradora de capas de livros de autores consagrados da lendária Editora Globo na década de 1950, Clara faz a curadoria da mostra. O grupo de artistas participantes é formado por Carmen Adegas, Helena Schwalbe, Nara B. Sirotsky, Kika Hermann e Ricardo Wittmann.
“Tenho muito orgulho desses cinco, porque cada um desenvolveu uma trajetória muito pessoal e hoje são profissionais reconhecidos pelo seu talento e qualidade de suas obras. Isso mostra que a arte não tem fronteiras e não tem limites, já que todos, em diferentes momentos, frequentaram o meu atelier e nenhum deles copiou a mestra, trilhando, cada um, seu próprio caminho”, analisa.
De acordo com Clara, a exposição, na Sala Branca da Gravura, apresenta ampla diversidade de técnicas, abrangendo desenho, pintura, gravura, colagem e cerâmica.
“Ter sido aluna de Clara foi um imenso privilégio que marcou minha trajetória. Grande artista e mestra dedicada, com pleno domínio técnico, compartilhou generosamente com seus alunos uma visão apaixonada e comprometida pela arte”, diz Nara B. Sirotsky. Trabalhando com arte desde 1998, o foco de Nara é voltado para pintura e colagem, sem deixar de explorar novas possibilidades em tela e papel.
Helena Schwalbe começou nas artes pela fotografia e ampliou e intensificou sua produção artística ao estudar desenho e pintura no Atelier Clara Pechansky. Posteriormente, Helena aderiu ao abstracionismo, manifestando-se por meio de formas, cores, linhas e texturas, em uma composição livre e espontânea.
A atividade de Carmen Adegas é marcada pelo interesse em flores na aquarela e casarios e vilas na pintura acrílica. A cerâmica começou a fazer parte de sua exploração artística em 2018. A figura humana é foco de seus estudos recentes. “No meu trabalho atual misturo costura com pintura de rostos em bonecos”, conta.
O trabalho de Ricardo Wittmann passou a ser fortemente influenciado pelo fato de o filho ter recebido o diagnóstico de Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). A peça de quebra-cabeça foi incorporada aos desenhos, pinturas, litografias e esculturas do artista. No seu atelier, em Palhoça (SC), Ricardo trabalha com desenho, técnicas mistas, nanquim, colagens e fotografia.
Com formação em desenho clássico, Kika Hermann desenvolve trabalhos em carvão, aquarela e pastel, entre outros. Transita pelas diversas técnicas e escolas, mas se identifica mais com o expressionismo alemão.
A entrada é gratuita.


